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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 15, 2012

Opsss!,essa foi feia...!


O PSDB mentiu até para sua própria "militância", e acusou o ex-presidente Itamar Franco pela privataria da Vale.
http://www.diariodesorocaba.com.br/site2010/mgc/mgc/upload/noticia/1998-2871391-ITAMAR%20FRANCO%20SITE.jpg
O ex- presidente Itamar Franco (foto acima), deve esta sacudindo no túmulo, pois ele se opôs a esta privataria, com declarações públicas da época. Itamar é responsável pela privatização da CSN, mas não da Vale.  
A mentira se deu em texto do Instituto Teotônio Vilela (órgão de formação política do PSDB), para orientar a "militância" tucana a reagir ao livro "A Privataria Tucana".

Mas o texto é um desastre em mentiras e falsificações históricas, onde passa a impressão de que presidente tucano Fernando Henrique Cardoso tem vergonha de ter privatizado a Vale, e tenta jogar na conta de Itamar.
http://especiais.ig.com.br/zoom/wp-content/blogs.dir/7/files/fhc/fhc022.jpg
FHC - o maior privatarísta vivo do ocidente

http://www.itv.org.br/arquivos/upload/Brasil%20Real_90_privatizacao.pdf

Observe a picaretagem do texto. Nem o fato de citar o venda da Vale em 1997 (quando FHC já era presidente) atenua, pois joga a privatização da mineradora numa inventada "primeira fase" da qual a Vale faria parte no mesmo lote da CSN.

No texto envergonhado para enganar tucanos desavisados, FHC só entra na privataria das Teles.  
O leitor tucano teimoso deste texto poderia perguntar: Ahhh... mas então o governo Itamar já havia planejado a privataria da Vale, e apenas foi concluída no governo do FHC? Também não é verdade.

Só em junho de 1995, no governo FHC, a mineradora foi incluída na lista da privataria, conforme prova o decreto abaixo, assinado por FHC e Serra:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1510.htm

  militanciaviva

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