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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 13, 2012

MOP, a mãe de todas as bombas

Uma boa notícia para todos os Leitores que têm medo de ser possíveis alvos no caso dum ataque militar iraniano: os Estados Unidos apresentam a "Mãe de todas as bombas" não nucleares, o MOP, Massive Ordnance Penetrator.

Agora podem ficar descansados: Teherão tem que cuidar-se e repensar nos seus planos para conquistar o mundo e arredores. Agora temos o MOP. E o MOP não brinca, em particular quando se encontra em serviço.

Mas afinal o que é este MOP?
É simples: o MOP é um bunker bluster, uma bomba projectada para penetrar nas instalações subterrâneas dos inimigos e fazer um massacre.

Este tipo de arma não é uma novidade e o exército dos Estados Unidos já tinha bombas como estas. Só que não eram suficientemente "massacradoras". Era preciso algo mais, algo de mais mortífero.

Em 2002, o Northrop Group e a Lockheed Martin já estavam a trabalhar numa bomba de 13.000 quilos, conhecida como "Big Blue", mas o projecto tinha sido abandonado por causa do custo e das dificuldades técnicas. Mas a guerra do Iraque, em 2003, revelou que os bunker bluster americanos não eram suficientes: sim, causavam mortos, mas não tinham muita graça.

Foi assim que as empresas retomaram o interesse no projecto Big Blue, e finalmente, em 2007, o Northrop Group anunciou os primeiros testes. Claro, eram precisos mais fundos, mas para boa sorte na Casa Branca estava um Nobel da Paz: em 2009 o Pentágono recebeu ordem para acelerar o projecto e em Fevereiro de 2012 outros 81.6 milhões de Dólares foram destinados aos futuros desenvolvimentos.

Agora, finalmente, o General Herbert Carlisle pode anunciar:  
Massive Ordnance Penetrator [MOP] é uma grande arma
E são satisfações, sem dúvida, sobretudo se o general em questão acrescentar que este MOP poderia ser usado num ataque contra Irão.

Mas é uma grande arma? Sim, de facto é. É a maior bomba não nuclear e pode perfurar mais de 60 metros de cimento armado antes de detonar. Em termos de capacidade destrutiva, é a arma mais assustadora desenvolvida pelo Pentágono na última década.

Comprida 6.2 metros, a bomba MOP tem um diâmetro de 0.8 metros, um peso de quase 14.000 quilos, transporta 2.4 toneladas de explosivo e, como já referido, pode penetrar 60 metros de cimento. Custo unitário: 14 milhões de Dólares. O que não é muito considerada a alegre situação económica dos Estados Unidos.

Contra-indicações? Só uma: o MOP mata tudo, militares e civis, pois infelizmente não é capaz de fazer distinções. Pouco mal, já sabem: ao encontrar um MOP melhor mudar de passeio. E evitem os bunkers.

É melhor que Teherão (mas também a Coreia do Norte) mude os seus planos de conquista: MOP está aqui para defender os inermes cidadãos do Ocidente livre.


Ipse dixit.
*Informaçãoincorreta

Irã desenvolve concreto à prova de bombas e deixa EUA ainda mais preocupados


bomba
'concreto inteligente' é capaz de impedir que as bombas norte-americanas e israelenses, conhecidas como bunker-buster, consigam destruir as instalações nucleares instaladas nas montanhas iranianas
A tensão entre EUA e Irã fez este último desenvolver uma espécie de ‘concreto inteligente’, capaz de trabalhar no sentido de impedir que as bombas norte-americanas e israelenses, conhecidas como bunker-buster, consigam destruir as instalações nucleares instaladas nas montanhas iranianas. Um artigo publicado no sítio Aggravate Research, das indústrias Aggravete, especializada em engenharia de precisão, elogiou a capacidade dos cientistas iranianos em encontrar uma solução para os constantes terremotos na região e aproveitá-la para uma questão militar. Tantos os EUA quanto Israel têm planos para destruir a capacidade dos persas no campo da energia nuclear.
O ‘concreto de performance ultra-alta’ (UHPC, na sigla em inglês) está entre as matérias mais rígidas já desenvolvidas pelo Homem, ao mesmo tempo que guarda os traços de flexibilidade necessários ao material, diz o artigo. O novo concreto iraniano, acrescenta o artigo, feito em uma fórmula indígena, é agora uma grande preocupação de Washington. Além do enriquecimento de urânio, cuja tecnologia foi também se origina de técnicas indígenas, o novo material,”ao contrário do concreto convencional, é misturado com pó de quartzo e fibras especiais, substâncias capazes de transformá-lo em concreto de alto desempenho para resistir às altas pressões, com maior rigidez”, diz o artigo.
Devido à sua combinação, o novo concreto de fabricação iraniana é um excelente material de construção com aplicações pacíficas, como a construção de pontes mais seguras, barragens, túneis, aumentando a força de canos de esgoto e absorvendo a poluição.
No entanto, diz o artigo, assim como todas as tecnologias de dupla utilização que realizam aplicações tanto civis como militares, o UHPC também pode ser usado para proteger as instalações subterrâneas do bombardeio, o que poderia representar uma verdadeira dor de cabeça para os esforços militares no Irã. De acordo com o artigo, o secretário norte-americano da Defesa, Leon Panetta, recentemente expressou sua preocupação de que em caso de um conflito real, a bomba norte-americana bunker busters pode não ser capaz de penetrar nos bunkers iranianos mais profundos se o UHPC for empregada para fins militares.
Em recente entrevista ao The Wall Street Journal, Panetta anunciou que os técnicos norte-americanos voltaram às pranchetas na tentativa de aperfeiçoar a bomba a ponto de fazê-la letal o suficiente para aginger os bunkers iranianos, mas não havia, ainda, um prazo para a conclusão dos estudos. As bombas, de 30 mil libras, conhecidas como Penetrator, foram projetadas para destruir fortificações muito resistentes mas, segundo o jornal revelou, “os testes iniciais indicaram que a bomba não seria capaz de destruir algumas das instalações do Irã”.
Os Estados Unidos, Israel, e alguns de seus aliados acusam o Irã de perseguir objetivos militares em seu programa de energia nuclear, com Washington e Tel Aviv usando deste pretexto para ameaçar o Irã com uma opção militar. O Irã refuta tais alegações, argumentando que, como signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e membro da Agência Internacional de Energia Atômica, tem o direito de usar tecnologia nuclear para fins pacíficos.

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  5. *correiodoBrasil

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