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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, março 16, 2012


PiG (*) boicota Dilma e
a coluna vertebral do Brasil

Dilma cumprimenta trabalhadores do canteiro de obras da ferrovia Norte-Sul. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Ferrovia Norte-Sul é crucial para o crescimento do país, afirma presidenta Dilma


A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15), em Goianira (GO), durante visita a trechos da Ferrovia Norte-Sul, que a conclusão da obra é crucial para o crescimento do país.


“Eu quero alertar o Brasil que nós voltamos a investir em ferrovias, que essa ferrovia é crucial para esse país crescer, que ela beneficia estados importantes da federação, e quando beneficia estados importantes como Goiás e Tocantins, beneficia o conjunto da federação”, afirmou Dilma.


Após percorrer seis quilômetros do trecho que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO), e sobrevoar as obras da Extensão Sul da Ferrovia, a presidenta disse que optou por fazer uma reunião de trabalho no canteiro de obras do lote 1, ao invés de realizá-la em Brasília, pois dessa maneira é possível detectar rapidamente eventuais problemas e buscar as soluções.


“Poderíamos fazer [a reunião] em Brasília, mas o que percebemos é que ela não é tão real, tão efetiva. Quando nós chegamos aqui, falando com o governador, com o prefeito, mas sobretudo conversando com os empresários responsáveis por cada trecho, porque é esse o nosso objetivo aqui, ela não é uma visita política, é uma vista de trabalho, e descobrimos o que está faltando, o que pode ser solucionado”, afirmou a presidenta.


“É como se fosse a coluna vertebral do Brasil que nós estamos construindo, daí a importância dela, de nós fazermos uma reunião de trabalho no lugar (…) eu saio de Brasília e venho aqui porque eu acredito que essa é a forma de fazer com que isso se acelere, com que isso se realize, e com que isso se multiplique”.


Participaram da visita às obras da ferrovia Norte-Sul e da reunião de trabalho os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e do Planejamento, Miriam Belchior, além de representantes da Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, responsável pela execução da obra.

Navalha
A elite do Sudeste (São Paulo, os tucanos e suas penas amestradas) conseguia paralisar a construção da ferrovia Norte-Sul desde 1987.
Até que veio o Nunca Dantes !
(Por que o Farol de Alexandria estaria interessado em criar outros polos de crescimento fora de São Paulo ?)
O que a Presidenta fez ontem foi inaugurar o Túnel 2 do trecho entre Anápolis e Palmas, em Tocantins.
93% desse trecho estão concluídos – são 800 km, ou seja, a distância que vai de Recife a Fortaleza.
Até o fim do Governo, 2014, pelo menos, Dilma vai inaugurar a ligação entre Açailândia, no Maranhão, até Estrela do Oeste em São Paulo.
É o que ela chamou de “coluna vertebral” do Brasil.
E, depois (no segundo mandato), segue até Santos, São Paulo e Rio Grande, RS.
Ela não disse, mas poderia ter dito que a Norte-Sul se aproximará da Transnordestina, que sai do Piauí e vai a Pecem, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.
Mais para o Sul, da Oeste-Leste, que sai de Caetité e morre em Ilhéus, na Bahia – o que deveria se chamar de Ferrovia da Gabriela …
Amigo navegante, que outro país do mundo realiza, simultaneamente, obras dessa envergadura ?
Talvez só a China.
Incorporar uma fronteira agrícola prodigiosa, alimentos, minério à economia do país, de forma mais barata, racional.
O PiG (*) não cobra infra-estrutura, não diz que o PAC empacou ?
Bem que a presidenta disse que se falasse de outro assunto – veja o vídeo – , o PiG (*) falaria desse outro assunto e ignoraria a construção da coluna vertebral do Brasil.
Ela não falou de nenhum outro assunto e, mesmo assim, o PiG ignorou a Norte-Sul.
Certamente, o PiG (*) estaria interessado em demonstrar que a chantagem do PMDB e do PR vai conseguir Golpeá-la (o “G” é maiúsculo, revisor. De Golpe de Estado).
Acorda, Bernardo, acorda.
Sabe quando o PiG (*) vai falar da Norte-Sul ?
Quando o Sargento Garcia prender o Zorro – como diria a heroína baiana, Ministra Calmon.




Em tempo: sem esquecer da ligação das águas do rio São Francisco, que o PiG, especialmente de São Paulo, ainda tenta dinamitar.


Paulo Henrique Amorim

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