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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 04, 2015

alguém dentro da comitiva presidencial facilitou a infiltração do pirado.

História mal contada do maluco que ofendeu Dilma, por Jorge Lima

A entrevista do maluco que ofendeu a Presidente Dilma em um hotel nos EUA é um primor de invencionice. Não tem como ter acontecido do jeito que ele diz que aconteceu. A parte mais fantástica da história é a em que ele diz que percorreu todos os corredores do hotel e colou o ouvido em cada porta para ver se identificava a voz da Dilma.
Ora, em um hotel onde está hospedado um dignitário a segurança é ultra reforçada. O próprio acesso ao andar onde estava hospedada a comitiva deveria ser estritamente controlado, inclusive com os elevadores bloqueados, dando passagem apenas a pessoas devidamente identificadas como membros da comitiva ou da segurança presidencial. Sem nem falar que o hotel deve ter cameras de segurança em todas as áreas de circulação e uma movimentação suspeita seria prontamente detectada e reprimida pela segurança.
Outro fato estranho é a falta de reação da segurança, que não deveria ser exclusivamente do GSI. Normalmente haveriam 03 perímetros ao redor da autoridade. Um mais aberto, que evita a aproximação de curiosos, um segundo mais fechado, onde só entram pessoas credenciadas, como imprensa, etc, e, finalmente, o interno, onde só entram membros da comitiva e da segurança. Como um sujeito estranho conseguiu chegar ao perímetro interno? 
A única explicação que me ocorre, excetuando a total incompetência dos seguranças, foi de que alguém dentro da comitiva presidencial facilitou a infiltração do pirado.
*CGN

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