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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 18, 2010

A corrupção e o sitema corrupto e os filhos do diabo





Quadrilha de fraudaores de concursos composta por "respeitáveis cidadãos"


Lendo a notícia do Boletim Brasilia Confidencial, fiquei pensando nos sentimentos de revolta e impotência, que os jovens brasileiros devem estar sentindo por fazer papel de idiotas ao prestar algum concurso e não ser chamado para ocupar o cargo que foi oferecido no edital, mesmo tendo estudado muito e conseguido ser aprovado.

Particularmente, tenho uma profunda desconfiança da maioria dos concursos públicos feitos no estado de São Paulo. Nada me convence de que não se instalou neste estado uma verdadeira indústria de concursos, para arrecadar milhões de reais sabe-se lá com que propósito.
O último, ofertado pela FDE,Fundação para o Desenvolvimento da Educação, instituição bastante conhecida pelos leitores do blog Namarianews, teve um quantidade assustadora de candidatos para ocupar 23 vagas que, provavelmente, já estão ocupadas por funcionários contratados. O concurso, provavelmente, servira apenas para efetivar esses funcionários e, é claro, para arrecadar milhões de reais para a VUNESP, controlada por "simpatizantes" do partido que está no poder em São Paulo há quase 18 anos.
Esperemos que nas próximas eleições, o estado de São Paulo se liberte do domínio do PSDB e consiga eleger uma bancada que higienize a Assembléia Legislativa, para ter força política e abrir a caixa de Pandora da FDE, através das centenas de CPIs, que estão engavetadas e guardadas a sete chaves.

Essa notícia da quadrilha que fraudava concursos públicos, nos dá a dimensão da bandalheira e falta de amor ao Brasil de grupos mercenários que o único que querem é se dar bem na vida.
Tem policiais, delegados, donos de Universidades, promotores, etc. Todos "respeitáveis" cidadãos que, provavelmente passaram os 8 anos do governo Lula, fazendo oposição e piadinhas sobre a falta de instrução formal do presidente da república.
Muitos desses "respeitáves cidadãos", principalmente o dono de uma Universidade, muitas vezes disseram que o Lula era um mau exemplo para os nossos jovens, pois não tinha curso superior, comete erros de português e declarou que não lê jornais, o que leavria os jovensa acreditar que para se dar bem na vida não é preciso estudar.

E o que dizer de uma quadrilha que frauda concursos públicos para ocupar cargos de importância para a sociedade e para os cidadãos?
Como podemos confiar num promotor de justiça que comprou o gabarito da prova e que foi empossado no cargo?
Sem querer fazer nenhuma insinuação, dá até para entender algumas declarações estapafúrdias de juízes eleitorais, a respeito do processo eleitoral e do papel da imprensa.

São "cidadãos respeitáveis" como os integrantes dessa quadrilha que contribuem para que parte da juventude brasileira não veja sentido em estudar. São eles os responsáveis pela crença, ainda arraigada na sociedade brasileira, de que a lei de gerson vale a pena.
E, são justamente "eles" os mais ferozes detratores do presidente operário.

do Brasil Mobilizado

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