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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, junho 24, 2010

demotucanos barbarizam São Paulo em impostos e taxas + 1






Taxab e governo Serra criam imposto disfarçado sobre a água, de 7,5%

Quando os demo-tucanos vem com a conversa de "impostômetro", protejam suas carteiras. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEMos), o Taxab, dando continuidade ao seu antecessor e padrinho politico, José Serra (PSDB/SP), já aumentou o IPTU bem acima da inflação, autorizou reajustes da passagem de ônibus urbano bem acima da inflação, e agora cria um novo imposto disfarçado sobre a água e esgoto, que não existia.

A empresa estatal de água e esgoto do Estado de São Paulo (SABESP), formalizou contrato de concessão por 30 anos para explorar o sistema de água e esgoto da cidade de São Paulo. A empresa já atende a capital paulista desde 1976, mas não havia um contrato de concessão formalizado.

"Com a assinatura do contrato, a prefeitura também conseguiu garantir uma nova fonte de receitas. Segundo o acordo, a cidade ficará com 7,5% das receitas líquidas da Sabesp, já abatidos os impostos". (do Jornal Valor Econômico)

Novo Imposto de 7,5%

O Prefeito "Taxab", em comum acordo com o governo estadual (também de gestão demo-tucana, de José Serra /Alberto Goldman), fez o contrato com uma cláusula capciosa, para criar um novo imposto disfarçado sob forma de tarifa.

A prefeitura ficará com 7,5% das receitas líquidas. Obviamente, é o cidadão quem pagará essa "nova fonte de receita" da prefeitura, embutida na tarifa da conta d'água.

Risco demo-tucano de privatização e mais aumento nas tarifas

A capital paulista responde por 56% do faturamento da SABESP, e um monopólio de 30 anos no fornecimento da água, garante lucros certos e sem risco à empresa. A medida é certa desde que a empresa continue estatal, com controle público nas tarifas.

Porém cidadão paulista corre um sério risco demo-tucano, pois investidores privados "lambem os beiços" vislumbrando a privatização da empresa. Concessão cartorial por 30 anos... permissão de reajustes indexados das tarifas à moda dos pedágios abusivos... nem banco é melhor negócio. Tanto é assim, que as ações subiram na Bolsa de Valores.

O risco do cidadão reside justamente nas tarifas. As privatizações demo-tucanas da telefonia, e a política dos pedágios produziu contratos leoninos contra o cidadão, com verdadeiro achaque nas tarifas.

O risco é real, caso haja um hipotético governo demo-tucano de continuidade no Palácio dos Bandeirantes, pois a CESP (estatal paulista de geração de energia elétrica), foi levada a leilão de privatização no governo José Serra (PSDB/SP), mas ninguém se interessou em comprar, justamente porque as concessões de hidrelétricas da CESP vencem em 2015, e podem ser retomadas pela União (Governo Federal).

dos amigos doPresidente Lula


É SÃO JOÃO: SERRA QUEIMA COMO BATATA-DOCE ELEITORAL

O resultado do IBOPE transformou a festa de São João do tucanato num bombardeio interno, em que não faltam fogueiras expiatórias. Nelas ardem estratégias, estrategistas, dissimulações, vaidades, aspones e marqueteiros que não entregaram o que prometiam: seis pontos de vantagem –alguns cogitaram até 12 pontos— sobre Dilma, após a propaganda intensa do candidato no mês junino, quando foi vedete nos programas de PSDB, PPS e PTB, sem falar de uma chuva de prata de inserções publicitárias. O foguetório revelou-se pó de traque na aferição do IBOPE, que trouxe Dilma na dianteira com cinco pontos de vantagem sobre o candidato do conservadorismo brasileiro. O fracasso do plano junino abriu uma temporada de vale-tudo na coalizão demotucana. Nesta 4º feira, em SP, uma reunião de emergência do tucanato discute a crise. Pelos jornais, estrategistas ressentidos com o conhecido menosprezo do candidato por idéias alheias, como o sociólogo Alberto Almeida [hoje, no Estadão], espinafram Serra e vaticinam sua derrota, sugerindo que a grande vantagem de Dilma é a soberba do tucano. Fernando Henrique 'confidencia' igual temor a colunistas, vingando-se da recusa original do amigo em assumir o figurino anti-Lula preconizado por ele. O pedágio cobrado pelos aliados para apoiar um pato manco tende a aumentar e a escolha do vice pode gerar defecções e dissidências. Em resumo, a três meses do pleito, Serra queima como batata-doce eleitoral e por ela ninguém mais bota a mão no fogo.
(Carta Maior; 24-06)

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