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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 28, 2010

O pior dos Tempos






UM CAPITALISMO BRUTAL, QUE SE DIZ DEMOCRACIA

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Despertar Consciências *

Um capitalismo brutal, que se diz democracia, revela-se nos nossos dias, como sendo um dos períodos mais negros, talvez o mais trágico, da história da humanidade.

A amplitude dos seus frutos, supera os massacres das maiores guerras que assolaram a humanidade.

Milhões de seres humanos estão a desaparecer por via da destruição dos valores humanos, da super valorização do dinheiro como elemento de Poder a par da desvalorização do mesmo como elemento primordial de justiça social e de criação de sociedades avançadas feitas para pessoas.

Sociedades construídas a rigor, para “monstros” políticos, dominadores de mentalidades, senhores poderosos, intocáveis, à semelhança dos tempos mais deprimentes da história da humanidade.

Transparece para o exterior, que uma significativa porção da ciência é paga, na sua potencialidade, para provocar a destruição, os massacres e a desgraça dos habitantes da Terra.

A acumulação desenfreada de riquezas por alguns, é cada vez mais forte, e há sinais que nos levam a pensar e concluir que essa mesma riqueza, se marginaliza do bem-estar comum, provocando deliberadamente a fome e o sofrimento, tão semelhante ao que se passa nos países do terceiro mundo. Pelo que já é do nosso domínio entender, que não existe grande diferença entre os países desenvolvidos e os do terceiro mundo.

A caridade é o recurso que prolifera, sendo de todo humilhante, colocando a pessoa numa situação de vergonha, e de subjugação perante os benfeitores, quando a verdade sobre o progresso é que a riqueza desenvolvida num país deveria criar as condições ideias para cada pessoa ter a possibilidade de se desenvolver como cidadão, digno de se sentir filho do país e não enteado, ou pior ainda, rejeitado.

Fala-se muito de sucesso nos meios audiovisuais. Só é respeitado quem tem sucesso. Os outros, que não conseguem o famigerado sucesso, talvez por não conseguirem lutar num ambiente brutal de competitividade, esses são rejeitados… absolutamente… já não são gente… serão, contudo, alvo de caridade e de pena… coitados, são uns fracos, sem sucesso!

Em termos de humanismo, a humanidade bateu no fundo. Falhou com todas as letras, e ninguém se pode dar ao luxo de dizer, “Eu Sou um Vencedor”. Não pode, porque ao seu lado há gente esmagada por um sistema diabolicamente construído, em consciência, pelo tal capitalismo brutal, que se diz democracia.

A sociedade capitalista, brutalmente construída sob a bandeira de uma estranha democracia, no seu pior, encontra-se numa agonia, uma visível agonia, cuja história só terá fim com a desintegração deste mesmo sistema social terrificante, que provocou o apodrecimento e a subjugação das mentalidades, pela base. Somos responsáveis, porque nos deixámos manipular e seduzir...

Nalguns países que se consideram avançados, o desenvolvimento de barbaridades sórdidas, que sugam as classes médias até à exaustão, provocam desigualdades sociais absolutamente chocantes, face à indiferença dos poderosamente ricos e dos que ainda sonham que a riqueza lhes vai bater à porta, se se subjugarem totalmente a este sistema em ruptura, sem esperanças de conserto, à vista.

Alimentam-se conflitos absurdos de qualquer ordem, étnicos, religiosos, linguísticos, etc, só para se perder o senso da solidariedade, do humanismo e da criatividade. Competir e avançar, é o que importa para este sistema brutal, qual blindado esmagando tudo à passagem.

A solidariedade de classes já não existe, ao que parece, pois a miséria, a opressão, o terror da promiscuidade, da mentira e da corrupção desenfreada, tomam lugar perante os novos exploradores cruéis, insensíveis, que dominam as mentalidades enfraquecidas pela miséria e pela perda total de valores.

A crueldade do sistema é tal que desenvolvem esquemas sofisticados para provocar a histeria colectiva, à semelhança dos regimes ditatoriais, a histeria da bola, da religião e da proliferação do sexo comercial e degradante.

A vida social no seu conjunto, parece estar completamente desarranjada, afundando-se no absurdo da mentira, na lama da promiscuidade e no desespero da pobreza alimentada por quem não abdica dos seus privilégios a favor de uma sociedade mais humana e mais feliz. Em todos os continentes, as sociedades humanas, de forma ascendente, respiram esta barbárie em toda a extensão da sua pele.

A fome de toda a natureza não atinge somente os países do terceiro mundo, mas já está a atingir os países que se dizem, estranhamente, desenvolvidos… verificando-se já uma nefasta destruição provocada pela mão do homem, tão mais intensa e degradante do que a provocada pelas intempéries e desastres naturais.

O efeito de estufa e a degradação do meio ambiente, também provocados pela mão do homem, põe em risco a sobrevivência da espécie humana, mas ainda assim, os males sociais, estão a ter um poder destrutivo muito mais alucinante, parecendo até irreversível a degradação da condição humana.

A criminalidade e a violência urbana não cessam de crescer por toda a parte. As drogas tem efeitos e prejuízos assustadores, particularmente entre as gerações mais novas, provocando o desespero e o isolamento, parecendo-nos aos olhos, que tudo isto serve altos interesses. Os interesses dos mesmos que apostam em destruir a humanidade e a imporem-se como donos e senhores de um mundo que intencionam seja só deles e dos seus amigos rastejantes, que também eles são elementos conscientes da sua acção destrutiva, contra os direitos da humanidade.

Se é certo que a sociedade está chegando a um tal grau de podridão, ao ponto de dificilmente se confiar em alguém, o desespero surge como sentimento dominante, e a certeza que sobrevém é que o capitalismo de cariz desumano e brutal, que se diz democracia, hoje mais do que nunca, não oferece nenhuma perspectiva de futuro, como alternativa à sociedade em que vivemos.

Desespero que continuará a desenvolver-se enquanto não despertarmos para uma nova perspectiva de conjunto e de unidade.

Se permitirmos, pela ignorância, que tudo continue na mesma, o capitalismo brutal e degradante que se diz democracia, dominará a sociedade, deixando sobreviver alguns, os mais submissos e, mesmo que não se verifique uma outra guerra mundial, a humanidade se auto-destruirá pelas guerras da sobrevivência, por epidemias resultantes da degradação da vida e da mentalidade, pela fome, incluindo a fome de amor, pois quem não se deu conta que até o amor se adulterou? Encontros de ocasião, exploração de corpos e de vontades violentadas pelo poder maquiavélico da indústria do sexo e pela sedução envenenada que viola o mais belo desejo da humanidade, AMAR e SER AMADA.

do Cidadã do Mundo

domingo, 27 de junho de 2010

Ex-donos da verdade incomodados: Ataques à blogosfera demonstram o desespero da direita

Eu fico cada dia mais feliz ao ver como a importância da blogosefera independente vem crescendo no Brasil no sentido de apresentar o contraponto às mentiras e distorções publicadas como "verdades únicas" pela imprensa corporativa e de formar opinião de quem busca honestidade e ética na defesa de uma ideologia, de um governo ou de políticos.

Não é à toa, portanto, que a blogosfera vem sendo alvo de ataques cada vez mais furiosos dos assessores de imprensa dos partidos de direita (PSDB, DEMo e afins) que atuam na imprensa corporativa travestidos de editores, articulistas e colunistas "isentos" e também de seus fiéis escudeiros infiltrados no Judiciário que tentam de forma arbitrária e imoral censurar blogs e intimidar seus autores.

Quanto mais o candidato José Serra da aliança conservadores/neoliberal afunda nas pesquisas, mais os seus capitães do mato caluniam e ofendem de forma genérica os blogueiros assumidamente de esquerda, que defendem o governo do presidente Lula e apoiam sua candidata, a ex-ministra Dilma Rousseff.

Isso dá um ótimo sinal de que a internet terá um papel crucial nas próximas eleições. E que a direita sabe disso e está desesperada porque não possui militantes ou simpatizantes apaixonados e abnegados como a esquerda, o que os força a apelar para táticas alternativas. Isso tanto é verdade que Serra contratou um exército de mercenários para atuar no twitter, nos blogs e nas caixas de comentários dos sites de notícias da rede espalhando mentiras, preconceitos e ataques chulos contra os canditados da esquerda progressista. Leiam neste link a denúncia feita pelo deputado federal do PDT, Brizola Neto, a respeito da atuação dos "brucutus" de Serra na internet.

Como bem disse o blogueiro Eduardo Guimarães, em seu Cidadania, os sabujos da direita do imprensalão "repetem e repetem e repetem a acusação covarde e genérica sobre 'blogueiros de aluguel' para tentar carimbar aqueles que se opõem aos serviços políticos que Globos, Folhas, Vejas e Estadões prestam a Serra e ao PSDB. Quem for honesto consigo mesmo não pode comprar acusações genéricas, sem citar nomes, feitas por quem, não tendo do que acusar aqueles aos quais se opõem, usam essa tática que, repito, é nazista, inspirada na tática do ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, de repetir mentiras incessantemente na intenção de que passem a ser aceitas como verdades."


do tudo em cima

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