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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 25, 2014

39 ANOS DO ASSASSINATO DE VLADIMIR HERZOG - 25 DE OUTUBRO DE 2014




 NOTA DO Mviva
Nossa saudação ao bom jornalismo que ainda é praticado no Brasil, apesar da April, da Falha e da Rede Bôbo, seus lacaios e seus cachorrinhos amestrados de redação. Lembrando que os perigos dessa sagrada profissão se espalham pelo mundo todo por força de uma incessante opressão praticada por uma minoria composta de famíglias milionárias e mafiosas, que controlam com mão de ferro os meios de comunicação, infectando sem pudores a Democracia com o vírus da mentira, fabricando cizânia e discórdias, manipulando fatos e seres em favor de seus interesses econômicos e financeiros, entre outros inconfessáveis. Nosso tributo ao jornalista Vlad que, a partir do seu assassinato, até hoje impune, deu início a implosão de um regime criminoso que só  vingou porque foi instigado por civis corruptos, apesar de ter sido praticado pelos fuzis de militares sem miolo.
 
 
 Wizard
O jornalista Audálio Dantas, autor do livro "As Duas Guerras de Vlado Herzog", é entrevistado em 2012. 

Nos vídeos a seguir, e  fala sobre  o contexto da época em que Vladimir Herzog foi assassinado.  
 
Hoje Herzog poderia estar com seus 77 anos, vivendo bem e cooperando com o povo brasileiro, mas infelizmente, ele, assim como muitas outras pessoas indispensáveis, foram perseguidas, torturadas, mortas e muitas ainda estão desaparecidas após mais de 40 anos, e pior... 
 

Os criminosos ainda não foram punidos por seus crimes.


https://www.youtube.com/watch?v=NZJF09lg250

https://www.youtube.com/watch?v=3y_27LEfLiU
 
 



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