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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 31, 2014

As fotos inéditas da morte de Che Guevara

Imagens nunca antes vistas da morte de Che Guevara são encontradas em uma caixa de charutos

Fotos de Ernesto “Che” Guevara tiradas por Marc Hutten após sua morte, algumas delas inéditas (veja abaixo), foram achadas em uma caixa de charutos por Imanol Arteaga, o neto de um ex-missionário na Bolívia ao qual o fotógrafo deu a cópias de suas imagens, temendo que elas fossem confiscadas.
Hutten, correspondente da agência de notícias France Presse (AFP), foi o único jornalista a documentar a morte de revolucionário argentino.
Arteaga, que vive na província de Zaragoza, no nordeste da Espanha, explicou que ele deu as fotos para seu tio, Luis Cuartero, porque era o primeiro europeu de confiança que estava de partida para o continente.

Che, vida e morte

Ernesto Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Proveniente de família de classe média alta, formou-se em Medicina na Universidade de Buenos Aires, em 1953. Foi o primogênito dos cinco filhos de Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa.
No dia 9 de outubro de 1967, foi assassinado por tropas da Bolívia. Companheiro de Fidel Castro, sonhava em estender a revolução cubana para todo o continente latino-americano.
Imagens:
Che Guevara: ritrovate foto inedite del suo cadavere
Che Guevara: ritrovate foto inedite del suo cadavere
*pragmatismopolitico

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