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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 30, 2014

certamente um evento chave para a América Latina, dada a força política, econômica e geográfica do Brasil na região e no mundo

Esquerda Unida da Espanha saúda reeleição de Dilma Rousseff

O coordenador federal da Esquerda Unida da Espanha, Cayo Lara, felicitou, em nome de toda a organização, Dilma Rousseff após sua reeleição como presidenta do Brasil nas eleições realizadas no último domingo (26).


Ichiro Guerra
  
O líder da organização espanhola disse que esta vitória representa "o triunfo das políticas de inclusão social e dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula primeiro e agora Dilma”. Lara estendeu suas felicitações a todo o povo brasileiro "pela demonstração de responsabilidade, bom senso e respeito pelas importantes mudanças iniciadas há algum tempo e que deverão ser consolidadas nos próximos anos."

Na carta enviada a presidenta, o líder da Esquerda Unida afirma que "nós sabemos que depois de vários anos no governo vitórias são ainda mais difíceis e, portanto, também mais valiosas, mas, neste caso, na verdade, significa que as pessoas no Brasil continuam a dar-lhe confiança e colocar a sua esperança no PT e em você, companheira Dilma. "

"Sabemos”, continua Lara, “que um novo governo do PT no Brasil irá impulsionar as políticas de desenvolvimento, justiça social e igualdade neste grande país. Nós da Esquerda Unida estamos convencidos de que este novo voto popular consolida um quarto mandato após 12 anos de uma excelente gestão política e servirá para consolidar um projeto político. "

Para o coordenador federal da Esquerda Unida, esta vitória é "certamente um evento chave para a América Latina, dada a força política, econômica e geográfica do Brasil na região e no mundo. Servirá também para transferir a força brasileira para a integração política e econômica da América Latina", diz.

"Reiteramos a enorme alegria que nos causou esse resultado eleitoral, Dilma querida, e queremos expressar que a Esquerda Unida sentiu a sua vitória, essa vitória política enorme, como a sua própria", conclui o líder da organização espanhola.

Da redação do Vermelho

*Vermelho

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