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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 11, 2014

“é preciso tanto desencorajar a Paz como a tranquilidade, ou então negar a palavra. A guerra é do Senhor, que não veio trazer a paz”.

Religião e Líderes Religiosos

edir-macedo e a endemoniada
Por Ana Burke
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O que leva uma pessoa a ser um líder religioso? Eles se espalham como a peste. Seria a necessidade de dinheiro ou seriam eles maldosos por natureza?
Existe uma cumplicidade vergonhosa entre governos e líderes religiosos. A história aponta e comprova que todos os crimes sempre foram permitidos e continuam sendo permitidos ou estimulados por estes líderes. Não se vê líderes políticos ou alguém da classe dominante gritando, caindo ou estrebuchando dentro de nenhuma igreja; isto só acontece com os tolos, com a plebe e para o bem da classe política e dominante.
Assim como os líderes religiosos sabem… e eles sabem muito bem da finalidade e do porque existem religiões, a classe dominante também sabe. Religião é para os “de baixo” e nunca, para os “de cima”. Imaginem a rainha da inglaterra ou qualquer membro da “realeza” caindo e estrebuchando com um demônio no corpo; imagine um deles repousando no Espírito. Loucos inocentes. Eles não têm demônios…eles são os demônios.
Tudo e qualquer coisa que venha de líderes religiosos é perdoado e esquecido…a pedofilia é um exemplo. Os líderes religiosos são necessários para trabalhar a mente dos plebeus, torná-los obedientes e torná-los capazes de matar e morrer por uma causa ou ideia. O Papa Urbano II estimulou as cruzadas, mas ficou resguardado em seu palácio enquanto os tolos matavam e morriam por uma promessa de salvação.
Guerra…Guerra…Guerra…é o que se ouve dentro de igrejas. Guerras por Jesus, guerras em nome de Deus. Guerras…dinheiro…e mais guerras.
Segundo Martinho Lutero dizia:
“é preciso tanto desencorajar a Paz como a tranquilidade, ou então negar a palavra. A guerra é do Senhor, que não veio trazer a paz”.
Nisto ele estava certo. Religiões nunca trouxeram a Paz; só guerras, miséria e infelicidade para os seus praticantes, ou para o país dominado por elas.

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