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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 18, 2014



Em artigo, Fidel oferece aos EUA ajuda de Cuba na luta contra epidemia de ebola (Dia do Médico Humanidade)


Histórico líder cubano, Castro publicou texto intitulado “A hora do dever” em que elogia rápida resposta da ilha nos esforços mundiais contra o vírus
Em seu mais recente artigo, publicado neste sábado (18/10), o histórico líder cubano Fidel Castro oferece aos Estados Unidos a colaboração das autoridades de saúde de Cuba para lutar contra a epidemia do vírus ebola no mundo.
“Cooperaremos com prazer com as autoridades norte-americanas nessa tarefa, e não na busca pela paz entre os dois Estados que durante tanto anos têm sido adversários, mas sim, em qualquer caso, pela paz para o mundo, um objetivo que pode e deve ser tentado”, escreveu Fidel, no texto intitulado “A hora do dever” e publicado hoje pelo Gramma, veículo de comunicação oficial do governo cubano. [leia aqui a íntegra do artigo, em espanhol]
Elogiando as equipes médicas cubanas e destacando a rápida resposta da ilha caribenha à solicitação de ajuda por parte da comunidade internacional, Fidel Castro disse ainda que a decisão de enviar esses voluntários é “mais dura do que a de enviar soldados para o combate”. A ilha cubana já enviou mais de 400 profissionais de saúde do país para as regiões mais afetadas pelo vírus, na África Ocidental.
Reunião da Alba
"Todos compreendemos que ao cumprir esta tarefa com o máximo de preparação e eficiência estaremos protegendo nosso povo e os povos irmãos do Caribe e da América Latina, e evitando que [a epidemia] se alastre", disse o líder da revolução cubana.
Agência Efe

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Ele lembrou ainda que na próxima segunda-feira (20/10) será realizada em Havana uma cúpula extraordinária da Alba (Aliança Bolivariana dos Povos da América) para coordenar os esforços contra o ebola "de forma rápida e eficiente" e dar os passos necessários para impedir a expansão da epidemia.
"Caribenhos e latino-americanos estão enviando também uma mensagem de coragem e de luta para os outros povos do mundo. Chegou a hora do dever", concluiu Fidel Castro. 
(*) Com informações da Agência Efe
*OperaMundi
*Solidarios

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