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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 18, 2014

Mais Futuro: Médicos brasileiros manifestam apoio à Dilma

Quando o programa Mais Médicos foi lançado pelo Governo Federal, as opiniões da classe médica brasileira se dividiram. Houve quem pensasse que os profissionais vindos de outros países iriam tomar os espaços já ocupados pelos profissionais do país. Hoje, um ano mais tarde, a realidade mostrou que não foi isso que aconteceu.
Sempre priorizando o profissional brasileiro na seleção para as vagas disponíveis em áreas carentes de profissionais do país, o Mais Médicos foi responsável por levar saúde a 50 milhões de brasileiros que até então não eram assistidos pelo nosso sistema de saúde. Recentemente, todo o esforço feito pelo Governo Dilma Rousseff por meio de políticas públicas federais e da dedicação de todos os médicos envolvidos na causa, o programa foi aprovado por 95% dos usuários.
Agora, para mostrar que não só pacientes, mas também os profissionais envolvidos no programa o apoiam, um grupo de médicos lançou um manifesto online(link is external) em aprovação às ações capitaneadas pela presidenta do Brasil. Mais de 380 profissionais já assinaram a carta intitulada de “Médicos com Dilma, por Mais Futuro”, onde atestam os avanços alcançados na área da saúde, e afirmam que assim como nunca deixaram de se posicionar em defesa dos interesses nacionais anteriormente, o fazem novamente agora.
Entre os pontos da carta, os profissionais destacaram o impacto visível "das políticas públicas nas condições de vida do povo brasileiro nos últimos anos" e afirmam que acompanharam "com empatia e senso de responsabilidade as dores e a vida sofrida do povo". Os médicos alegam ainda que na saúde, o saldo é positivo e lembram que temos o maior sistema de saúde público universal do mundo.
"Dilma efetivou como nunca a formação de profissionais de saúde enquanto responsabilidade do Estado Brasileiro, como previsto em nossa Constituição. Estamos diante da mais importante ação de ampliação de acesso à saúde desde a criação do SUS", diz outro trecho da carta. 

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