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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 07, 2014

Tudo está às avessas. E o avesso é o correto?

Slide22
Por Ana Burke
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Religiões ajudam a transformar o “SER”, aquele que “É”, em NADA. E não sou eu quem está dizendo. Nestas instituições espalham miséria de todas as formas possíveis. Ensina-se a vítima a idolatrar o criminoso. No dia em que eu ver religiosos de cabeça erguida e cerviz endurecida lutando pela educação e a saúde de forma efetiva, formando jovens para que tenham um futuro digno, eu passo a respeitá-los. Não vejo nada disso. Não existe isto.
Analise o seu bairro. Quantas igrejas tem no seu bairro? Quantos hospitais e escolas tem em seu bairro? Agora compare com a quantidade de evangelizadores que têm no seu bairro. O que eles fazem pela população? Conte também quantos professores e oficinas para ajudar a formar profissionais existem no seu bairro. Tudo o que fazem é arrancar dinheiro e, quando praticam caridade, esta é falsa.
Ajudar a igreja não é ajudar o povo e isto porque a esmola vêm acompanhada de conversão obrigatória para a igreja. Caridade feita desta forma, em nome da igreja, é investimento.
A caridade verdadeira não exige nada em troca…nem propaganda, não vêm acompanhada de orações e não exige agradecimentos ou conversão à uma igreja ou religião. Se existisse solidariedade, companheirismo, amor ao próximo não precisariam de igrejas ou religiões. Caridade deveria partir de cada um, ser algo pessoal e não acompanhada de um nome como por exemplo: caridade da igreja tal, caridade católica, caridade evangélica, Caridade espírita. A caridade religiosa ou ligada a religiões é fraude.
Dizem os religiosos que educação é obrigação do Estado. Não, está errado. Educação é obrigação de todos, inclusive sua obrigação, e os seus filhos agradecem. Os religiosos pobres nunca são incentivados a estudar, mas a produzir filhos e acreditar…e acreditam em qualquer coisa que lhes dizem vir de seus deus.
Na mente do religioso a educação e a saúde deve vir do Estado, a igreja é a dona da moral e dos bons costumes e Deus é responsável pelos castigos e recompensas, ou seja, ninguém é responsável por coisa alguma. Entende-se que não construímos o nosso mundo e não somos donos de nada, nem dos nossos pensamentos ou desejos…Deus é o dono…”se deus desejar”…”se deus quiser”…”se deus permitir”…e como a partícula “se” é uma condicional…Todos são NADA porque para ser ou conseguir qualquer coisa, dependemos do governo, de uma instituição ou de deus. NUNCA dependemos de nós mesmos…somos perdedores e não decidimos coisa alguma.
Temos que entender que somos natureza e a natureza alimenta e mata. Deus é a naturesa e a natureza somos nós. Carregamos a maldade e a benevolência. Somos em parte Deus e em parte o Diabo. O próprio deus da bíblia é ao mesmo tempo Deus e Satanás.
A maioria não usa os cinco sentidos corretamente, têm problemas de percepção da realidade e em diferenciar o bem do mal. Somos o bem e o mal. E se você disser o contrário…você não conhece a bíblia. E por isto necessitamos usar a razão porque só a razão pode nos salvar. A fé e a crença nos aleija e nos mata.
Quem vive da fé e da crença é insano. O religioso é insano porque é estimulado a não pensar. Analise o sistema religioso e perceba como todos são tratados lá dentro e em que tipo de covil estes mantêm os filhos. Lá se encontram loucos recebendo o Espirito louco que dizem ser “Santo” que os fazem dar saltos mortais, pular, rodopiar, desmaiar, descabelar-se, cair no chão, gritar, etc. E são criados rituais e mais rituais para mantê-los presos e felizes dentro das igrejas… ceias, campanhas, jejuns, orações, vigílias, revelações, procissões, profecias que nunca se cumprem mas que dão falsas esperanças aos infelizes, que nunca desistem. Estão viciados e isto sem contar o dizimo, as constribuições e outras mil maneiras diferentes de arrancar dinheiro e obter trabalho servil com a desculpa de que Deus precisa disto, pede isto e exige aquilo. É tudo o contrário do que se entende por moral e bons costumes.
Só o fato de pensar que tais ensinamentos poderiam estar errados seria duvidar ou pecar contra o “Espírito Santo” e pecar contra o tal espírito é um crime que não têm perdão, nem nesta e nem na outra suposta vida, depois da morte. Para os leigos…fiéis…ovelhas… é tão monstruoso duvidar que aceitam qualquer louco ou demente que se diz inspirado pelo “Espírito Santo” como o seu doutrinador e doutrinador dos seus filhos. E este louco passa a ser profeta, apóstolo ou ungido que se especializa em fazer outros loucos como ele. O lema é…agradar o Espírito Santo…agradar o Espírito Santo…agradar o “espírito Santo”…e não percebem que estão agradando é ao “Espíirito de Porco” do seu pastor ou padre, e enriquecendo a sua instiuição, o que não tem nada a ver com deus.
*A.Burke

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