Serra quer instalar uma República Midiática
Eleger José Serra para assegurar a instalação de uma República Midiática, onde os três poderes seriam editados ao sabor dos ditames do mercado e do espetáculo: esse é o programa de governo que ainda não foi apresentado pela candidatura demotucana e pelo baronato midiático.
O processo eleitoral deste ano constitui um momento privilegiado no movimento político global da política brasileira. Uma significativa vitória das forças governistas, com a eleição de executivos e parlamentares do campo democrático-popular, pode ampliar espaços político-administrativos que continuem realizando o aprofundamento de formas participativas de gestão pública. É contra isso, em oposição virulenta a mecanismos institucionais que aperfeiçoem a democratização da vida nacional, que se voltam as principais corporações midiáticas e seus denodados funcionários.
Sem nenhuma atualização dos métodos utilizados em 1954 contra Getúlio Vargas e, dez anos depois, no golpe de Estado que depôs Jango, a grande imprensa aponta sua artilharia para os atores que procuram romper a tradição brasileira de definir e encaminhar as questões políticas de forma elitista e autoritária. Jornalistas, radialistas e apresentadores de programas televisivos, sem qualquer pudor, tentam arregimentar as classes médias para um golpe branco contra a candidatura de Dilma Rousseff. Para tal objetivo, além do recorrente terrorismo semântico, as oficinas de consenso contam com alguns ministros do TSE e uma vice-procuradora pautada sob medida.
A campanha de oposição ao governo utiliza uma linguagem radical e alarmista, que mistura denúncias contra falsos dossiês, corrupção governamental, uso da máquina pública no processo eleitoral, supostas teses que fragilizariam a propriedade privada em benefício de invasões, além do ”controle social da mídia em prejuízo da liberdade de imprensa”. Temos a reedição da retórica do medo que já rendeu dividendos às classes dominantes. Em escala nacional, os índices disponíveis de percepção do eleitorado assinalam que dificilmente os recursos empregados conseguirão legitimar uma investida golpista. Mas não convém baixar a guarda.
Se tudo isso é um sinal de incapacidade do bloco oposicionista para resolver seus mais imediatos e elementares problemas de sobrevivência política, a inquietação das verdadeiras classes dominantes (grande capital, latifúndio e proprietários de corporações midiáticas) estimula pescadores de águas turvas, vitalizando sugestões que comprometam a normalidade do processo eleitoral. Todas as forças democráticas e populares devem recusar clara e firmemente qualquer tentativa perturbadora. Sugestões desestabilizadoras, venham de onde vierem, têm um objetivo inequívoco: impedir o avanço rumo a uma democracia ampliada.
É nesse contexto que devem ser vistos os movimentos do campo jornalístico. Apesar do recuo do governo na terceira edição do Programa Nacional dos Direitos Humanos, a simples realização da Confecom foi um golpe duro para os projetos da grande mídia. A democratização dos meios de comunicação de massa está inserida na agenda de praticamente todos os movimentos sociais.
A concentração das iniciativas culturais e informativas em mãos da classe dominante, que decide unilateralmente o que vai e o que não vai ser divulgado no país, está ameaçada não apenas por novas tecnologias, mas por uma consciência cidadã que conheceu consideráveis avanços nos dois mandatos do presidente Lula. Tem dias contados a sujeição cultural da população em seu conjunto, transformada em público espectador e consumidor. Como podemos ver, não faltam razões para o desespero das famílias Civita, Marinho, Mesquita e Frias.
Ao levantarem a cortina de fumaça da “República Sindicalista”, em um claro exercício do “duplipensar” orwelliano, os funcionários do baronato ameaçado reescrevem notícias antigas para que elas não contradigam as diretivas de hoje. Um olhar no Brasil atual hoje mostrará que o “duplipensamento” tem uma função clara até outubro: eleger José Serra para assegurar a instalação de uma República Midiática, onde os três poderes seriam editados ao sabor dos ditames do mercado e do espetáculo. Esse é o programa de governo que Serra ainda não apresentou. Há divergências na produção artística.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do BrasilBy: Blog do Saraiva e Blog do Amoral Nato
Do Portal do Luis Nassif.
By: Cloaca News e Sátiro
O vice de Serra tenta se esconder
O candidato a vice da chapa de José Serra, Indio da Costa demonstra desde sua indicação por imposição do DEM, um despreparo político, emocional e intelectual, a sua primeira resposta a imprensa após ser perguntado o que ele representa na composição da chapa demotucana e o que mudaria na campanha, respondeu; “Não tenho a menor ideia de nada”.
O seu histórico de experiência política, vereador pelo Rio de Janeiro e deputado federal é repleto de incoerências e declarações bizarras, como a de proibir pirulito nas cantinas das escolas, ser contra a quem dá um ajuda ao próximo, esmola, além de posicionamento esdrúxulo ao projeto do pré-sal.
Acostumado a conviver no mundo dos “mauricinhos” e “patricinhas” do socialite carioca não teve ter dedicado tempo de conhecer e estudar a história do país, tão necessário para quem quer se tornar um vice-presidente da República.
Ontem ao fazer uma declaração misturou tudo, falou em ditadura, das Farcs e de Cuba demonstrando um total desconhecimento dos fatos e muita imaturidade política, mostrando que pelo menos foi sincero no primeiro contato com a imprensa, ao dizer : "Não tenho a menor ideia de nada".
O comando da campanha da coligação de José Serra fez ontem uma reunião de emergência para administrar o impacto de suas desastrosas declarações e tentar diminuir a repercussão negativa de seu despreparo político, além do risco de punição pela justiça eleitoral.
Por orientação do comando da campanha, Indio da Costa, fugiu e se escondeu de tratar do assunto, recusou-se a dar entrevistas e não tratou do assunto pela internet e nem em seu twitter. Mas, já era tarde e não tinha mais como esconder o que ficou marcado.
By: Blog do Celso JardimEi, Índio...
PT representa contra vice de Serra por injúria e difamação
Na tarde desta segunda-feira (19), o Partido dos Trabalhadores vai representar criminalmente por injúria e difamação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) e Supremo Tribunal Federal (STF) contra o candidato a vice-presidente, Indio da Costa (DEM). As acusações do democrata de que o PT teria ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e narcotráfico fundamentam a peça judicial.
Por Indio ser um deputado federal, a representação precisa ser ingressada junto ao STF e não junto ao Tribunal Eleitoral.
Além das duas representações criminais, explica o advogado do PT Márcio Silva, o partido vai ingressar também com um pedido de direito de resposta contra o site do PSDB, "porque foram mantidas as declarações no site do partido". Segundo Silva, a depender da retratação vinda dos tucanos, o PT vai avaliar a possibilidade de ingressar com uma ação por danos morais.
By: Os Amigos do Presidente Lula
Desespero da direita é perigoso
Essa condescendência do PT com a direita golpista está parecendo o dispositivo militar do Jango
Quando João Goulart era avisado sobre as movimentações golpistas da direita, entre 1963 e 64, o presidente do trabalhista sempre fazia menção ao tal dispositivo militar que asseguraria a legalidade no Brasil. Acreditou nesse dispositivo até o 31 de março de 64, e no dia seguinte percebeu que se enganara fragorosamente, mas aí já era tarde. Os gorilas arrombaram a porta da frente, e só foram embora depois de 21 anos, deixando um estrago no país, algo que até hoje sentimos os efeitos.
Lula e o PT não podem cometer o mesmo erro, não podem acreditar que a democracia no Brasil seja uma realidade inconteste, os profissionais do golpismo estão em plena atividade. Ficar imóvel, amparado numa pretensa legalidade, acreditando nas instituições, é uma atitude suicida. Os caras estão desesperados, como em 1964. Cães acuados mostram os dentes e partem para o ataque. Esse país não aguentará outra gestão neoliberal, se a História se repetir, será como tragédia. Está na hora do PT reagir a altura, o que está em jogo é o futuro não apenas do Brasil, mas de toda a América Latina.
1964, amarga lembrança
By: Blog do Cappacete
docomtextolivre
docomtextolivre
Bruno SERRA e ÍNDIO "Macarrão" !!!
Tá lá um corpo estendido no chão !!!
Serra vai para o "gol" tentar defender o "penalty" vergonhoso cometido pelo seu violento vice - zagueiro !!!
Depois do gol do adversário, dá razão ao facínora e deixa claro que ele é o "mandante" !!! o Índio é somente o "Macarrão" !!!
Mídia Oligopolizada versus Zé Povinho
Do Portal do Luis Nassif.
Está declarada a guerra. O Partido do Capital (mídia oligopolizada) volta todo o seu aparato contra a candidatura Dilma Rousseff. Mas, O Partido do Capital já não havia declarado essa guerra há algum tempo atrás, desde que Dilma passou a ser reconhecida como a candidata escolhida por Lula e pelo Partido dos Trabalhadores? Sim. Entretanto acontece que agora a campanha, de ambas as partes, é oficial.
Em editorial desse sábado o jornal “O Globo” – intitulado singelamente de “Sindicatos cooptados lutam por votos” – usa o termo neopelegos para tratar as centrais sindicais. Faz todo o sentido, afinal as principais centrais sindicais redigiram no final de semana passado documento cujo teor torna nítida as mentiras decantadas por José Serra, o candidato oficial do Partido do Capital, quando o ex-governador de São Paulo tenta em vão assumir a paternidade do FAT (Fundo de Amparo aos Trabalhadores) e do Seguro-Desemprego. Então para desqualificar as centrais, nada melhor do que tratá-las como pelegas.
Mais. No pano de fundo está à visão turva de quem não sabe o que é democracia ao não aceitar o fato de essas centrais estarem em campanha aberta pela eleição de Dilma Rousseff. Isso é algo inadmissível para “O Globo”, para a família Marinho, para seus asseclas e para a elite nacional, acostumados a uma democracia meramente formal, de plástico, sem alma, enfim, uma democracia sem povo. O que essa elite defende é o contrário da democracia substancial defendida por C. B. Macpherson ou José Saramago. Na democracia formal o povo é convocado para apenas referendar as decisões já tomadas pelas elites dominantes, à participação é restrita a mera filiação em sindicatos, partidos políticos ou outras associações e a democracia só existe do portão da fábrica para fora. Associações políticas são aceitas desde que elas próprias reflitam o establishment.
Para o Partido do Capital, personificação dos anseios e preconceitos da elite dominante e da pequena burguesia reacionária, o governo Lula – mesmo possuindo aliança estratégica com alguns dos setores mais atrasados da sociedade brasileira, por exemplo, Sarney, Calheiros, Collor, UIRD, agronegócio et caterva – tem o poder simbólico da chegada do povo ao poder e em grande medida a democratização desse poder. Ou não foi no governo Lula que se realizaram milhares de Conferências Nacionais sobre os mais diversos assuntos, algo impensável há poucos anos? Não foi, também, no governo Lula que se verificou maior acesso a terra e moradia digna através de financiamentos só possíveis graças à ação do Estado? Ou não foi o governo Lula que adotou uma política de valorização do salário mínimo? (E nos esqueçamos do discurso de direita que durante décadas viu justamente no salário mínimo o vilão de inflação, mesmo depois de esta ter sido debelada.) Não foi no governo Lula que o acesso à universidade e coisas mais trivias como, por exemplo, luz elétrica e três refeições por dia se tornaram possível para milhões de brasileiros?
Tudo isso é inadmissível para uma elite acostumada a monopolizar o poder e que na última década foi obrigada a engolir ascensão do “Zé Povinho” e a dividir esse poder com ele. É inadmissível a ascensão social de uma antiga classe de miseráveis e todas as consequências, no presente e no futuro, que essa ascensão acarretará consigo.
Na guerra declarada pelo Partido do Capital, o Presidente Lula e as centrais sindicais põem em risco a democracia (formal) brasileira ao tomarem partido e escancarar sem pudor o nome de sua presidenciável. Não à toa que a Folhona Ditabranda destacou afirmação de Alejandro Aguirre, presidente da obscura Sociedade Interamericana de Imprensa, na qual o até então ilustre desconhecido afirma que governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não pode ser chamado de democrático". Não por acaso também, o mesmo ilustre desconhecido, compara Lula a Hugo Chávez, Evo Morales e Cristina Kirchner, governantes que de forma similar, embora em maior ou menor intensidade, e pragmática lançaram seus respectivos países num processo de democratização do Estado.
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