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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 08, 2010

Familia Globo






A imprensa faz de conta que não viu

Estes são os riquinhos que estupraram, uma garota de 13 anos em Florianópolis

01 – Nome: SÉRGIO ORLANDINI SIROTSKY - apelido ZINHO - Filho de Sérgio Sirotsky – Diretor da RBS

02 – Nome: BRUNO MARTINS – Filho do Delegado Mário Martins da polícia civil de Santa Catarina

Os pais estão tentando COMPRAR e CALAR os veículos de comunicação para proteger seus 'filhinhos'

E ELES, VÃO FICAR IMPUNES?

A Globo, Folha, estadão e veja vão falar do caso quando?

Leia aqui e saiba o que aconteceu
dosamigosdopresidentelula

A RBS e o estupro não informado


A imprensa tem o dever de informar, sem omissões. Presta serviço público concedido (os canais são outorgas do Poder Público). E o cidadão tem direito à informação integral, afinal foi ele que autorizou a concessão, mediante atuação dos políticos que exercem cargos eletivos nos Poderes Executivo e Legislativo.

No caso envolvendo o estupro de uma adolescente em Santa Catarina, o Grupo RBS não cumpriu seu dever legal e ético. Tentou abafar o fato o máximo tempo possível, já que um dos estupradores, também adolescente, é filho de diretor da empresa.

O caso exige acompanhamento da sociedade e das autoridades, já que envolve filhos de figurões. Obviamente que ninguém deseja a demonização dos adolescentes infratores - que também têm direitos a serem observados -, mas que a lei seja aplicada para todos, independentemente da posição social ou econômica da família dos envolvidos. E que imprensa do sul (leia-se RBS) cumpra sua obrigação de prestar informação integral, não se omitindo quando lhe convém, ainda mais diante de situação em que há vítima tão vulnerável: uma menina de 13 (treze) anos.

Confiram a reportagem abaixo:

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