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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 13, 2010

O que temem os que defendem a "liberdade"






Saúde em Cuba – Michel Moore

GilsonSampaio

Mesmo com as limitações de 50 anos de criminoso embargo comercial imposto pelo império, Cuba é um exemplo de um outro mundo possível.

É disto que o imperialismo ocidental tem medo: povo sendo tratado como deve, ou seja, como ser humano que é.


“Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana”

imagem

E se alguma criança adormecer na rua é porque quer ver as estrelas......

Nota: O vídeo que vão ver foi filmado em Cuba pelo controverso Michael Moore.

É sobre o sistema nacional de saúde cubano.

Cuba, onde as crianças não têm acesso a Play Stations (pelo menos com facilidade).

Nem se sentem inferiorizadas por não vestirem roupas de marca.

Onde os supermercados não apresentam 60 marcas de manteiga diferentes.

E a TV não mente a publicitar que os Danoninhos ajudam as crianças a crescer.

Os carros de luxo não abundam.

Nem as malinhas Louis Vuitton.

Mas têm talvez o mais avançado sistema de saúde de todo o planeta.

E um sistema de ensino ímpar, em que os professores ensinam e os alunos aprendem, com rigor e disciplina, onde não há lugar para Escolas Novas, estatísticas aldrabadas, pseudo-universidades e Novas Oportunidades da treta.

E pleno emprego.

E as ruas seguras, livres de criminalidade e de drogados

Invejo-lhes, aos Cubanos, a falta de liberdade.

Falta de liberdade para assaltarem idosos e crianças.

Falta de liberdade para agredirem professores dentro das escolas.

Falta de liberdade para dispararem contra polícias.

Falta de liberdade para desrespeitarem o seu semelhante.

Falta de liberdade para os políticos corruptos que enriquecem à sombra do erário público.

Cuba, onde tantas coisas faltam, principalmente as supérfluas, as inventadas pelo capital na sua necessidade de se reproduzir.

Mas onde abundam a solidariedade, a fraternidade e, principalmente, a humanidade.

Gosto de ti, Comandante.

E desejo-te longa vida.

Do fundo do coração.

Cuidem-se!

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