Lula acusa governo de São Paulo de atrasar licenças para obras do PAC
Ao inaugurar nesta sexta-feira um conjunto habitacional em Diadema, região metropolitana de São Paulo, ele pediu que os prefeitos "partam para a briga" para conseguir a autorização para as obras.
"Não é apenas em Diadema que as licenças não saem. Em vários lugares deste Estado me parece que tem uma pessoa que não sei quem é, que cria dificuldades para dar as licenças ambientais para a gente fazer as coisas. É importante que os prefeitos partam para a briga", disse o presidente.
Lula subiu o tom ao criticar os órgãos responsáveis pelo licenciamento no Estado.
"Nossa passagem pela Terra é curta. E a gente não pode ficar a vida inteira esperando a vontade de um burocrata que tá com a bunda na cadeira, com ar-condicionado, sentado, sem se preocupar como é que o povo está vivendo".
Em seguida o presidente justificou os termos usados para se referir aos servidores paulistas.
"Eu já estou quase deixando de ser presidente e vou voltar a falar do jeito que sempre falei neste país".
Ao lado do prefeito Mário Reali (PT), Lula entregou as chaves de 252 apartamentos construídos na antiga favela Naval, comunidade conhecida por episódios de violência policial nos anos 90.
O conjunto habitacional faz parte do PAC, e teve investimentos de R$ 13,8 milhões.
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'Não dá para ficar esperando a boa vontade de um burocrata', disse presidente em inauguração de conjunto habitacional
Ao se referir ao prefeito de Diadema, Mario Reali (PT), que discursou pouco antes do presidente, Lula disse que o prefeito havia se esquecido de criticar "a pessoa do Estado que tem de dar licença ambiental para fazer as coisas aqui". "Não é apenas em Diadema que as licenças não saem, mas também em outros lugares do Estado. Me parece que tem uma pessoa, que eu não sei quem é, que cria dificuldades para dar licença ambiental para a gente fazer as coisas", afirmou o presidente. "Nossa passagem pela Terra é muito curta. Não dá para ficar a vida inteira esperando a boa vontade de um burocrata com a bunda na cadeira, no ar condicionado, sentado sem se preocupar em como o povo vai viver."
Lula disse que é importante que os prefeitos assumam essa briga com o Estado. "A nível federal nós temos brigado muito para que a gente consiga liberar as coisas com a rapidez necessária."
O presidente justificou o seu linguajar pela proximidade do fim de seu mandato como presidente da República. "Sei que a gente é governo e tem de ter diplomacia e linguajar adequado, mas eu estou quase deixando de ser presidente e vou voltar a falar do jeito que sempre falei nesse País", afirmou, muito aplaudido pela plateia de moradores da região, que ouviam o presidente ao ar livre, apesar do frio e da chuva.
O prefeito de Diadema também cobrou uma atuação mais ativa do governo do Estado em obras de urbanização da cidade. "O Estado tem área disponível e tem de entrar como parceiro no Programa de Aceleração do Crescimento(PAC) 2", disse. O projeto de urbanização da região custou R$ 25,5 milhões, dos quais R$ 20,5 milhões vieram do governo federal e R$ 5 milhões do município. Cada uma das 252 unidades habitacionais, de 42m?, custou R$ 34 mil, dos quais R$ 19,6 mil foram repassados pelo governo federal e o restante, pela Prefeitura de Diadema.
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