Cursinhos populares exigem do MEC material didático e fim da evasão
Está na hora do MEC acabar com a farra dos cursinhos corporativos
A UNEafro-Brasil exigiu do Ministério da Educação (MEC) a criação de um “Material Didático Público” que contemple o conteúdo cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O projeto prevê, na fase inicial, a disponibilização integral na internet para a livre reprodução.
Na segunda etapa, seriam feitas a impressão e distribuição do material para estudantes do Ensino Médio e das redes de cursinhos comunitários devidamente cadastrados no MEC, como explica Douglas Belchior, integrante do Conselho Geral da organização.
“Os cursinhos alternativos, comunitários e populares são uma realidade no Brasil. Eles trabalham um mutirão em torno da educação popular, que visa a preparar essa juventude precarizada para acessar os espaços do conhecimento, em especial as universidades. E o grande problema estrutural desses cursinhos se dá, também, por conta do material didático.”
A partir de 2012, o Enem será aplicado duas vezes ao ano. A nota é utilizada como fase única ou garante pontos adicionais nos processos seletivos das universidades públicas. Para garantir a qualidade, Belchior considera importante que o material seja desenvolvido pelo MEC.
“As empresas de educação ganham muito dinheiro com a formulação desses materiais. E o MEC tem mais do que obrigação de fornecer, além de ter acúmulo e preparo para isso.
Em carta dirigida ao ministro Fernando Haddad, a UNEafro ainda sugeriu a criação de um programa de permanência que garanta “moradia, alimentação e transporte” aos estudantes da pré-escola ao ensino médio. Essa política já existe nas universidades federais e seria financiada com a ampliação dos recursos da educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
*cappacete
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