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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 18, 2012

O golpe contra as sacolinhas


Uso responsável das sacolas plásticas contra o golpe dos supermercados.



by Blog do Plástico

A decisão do Tribunal de Justiça de manter suspensa a lei que proibia a distribuição de sacolinhas plásticas no varejo paulistano a partir de 1º de janeiro foi comunicada em dois Informes Publicitários, veiculados no dia 5 de dezembro, nos jornais Metro e O Estado de São Paulo.

Os Informes reforçam a necessidade do consumo responsável das sacolinhas e ressaltam suas vantagens, colocados de acordo com o perfil dos seus leitores.

Participam da iniciativa os parceiros no Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas,Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief).

Texto do comunicado é reproduzido a seguir:

VOCÊ JÁ TINHA 10 MOTIVOS PARA SER CONTRA A PROIBIÇÃO DAS SACOLINHAS PLÁSTICAS.

AGORA O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO DECIDIU DAR MAIS UM.

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a suspensão da lei que proíbe o uso das sacolinhas plásticas nos supermercados e no comércio varejista de São Paulo. Esse, agora, é o 1º motivo para você perceber o erro que é esta proibição e, assim como a Justiça de São Paulo e milhões de pessoas, também ser contra ela. Conheça aqui os outros 10:

2. As sacolinhas não são descartáveis, são reutilizáveis. Quase todo mundo as reutiliza para colocar lixo. Sem elas você vai ser obrigado a comprar novos sacos para esse fim. Um sacrifício sem vantagem ambiental. A única diferença é que você vai ter que pagar por esses sacos e por outros tipos de sacola. Prepare o bolso.

3. Pesquisa Datafolha mostra que 88% das pessoas reutilizam as sacolas para armazenar lixo, transportar objetos e recolher sujeira de animais. Por isso ela é a embalagem preferida de 84% da população.

4. Cidades como Jundiaí, que já proibiram as sacolinhas, registraram aumento considerável de vendas de sacos de lixo. Com um novo gasto mensal, é o consumidor que sai no prejuízo.

5. Os órgãos de vigilância sanitária recomendam o uso de recipientes plásticos para descarte do lixo. Com a proibição das sacolinhas, populações menos favorecidas não terão como descartar o lixo da forma correta.

6. Um estudo internacional* comprova que o processo de fabricação das sacolinhas plásticas causa menos impacto ambiental do que o das sacolas de pano, papel e papelão. Não é papo, é fato, é científico.

7. Ao longo de sua vida útil, uma sacolinha plástica comum emite menos gás carbônico e metano no meio ambiente (gases causadores do efeito estufa) do que qualquer uma das sacolas alternativas oferecidas hoje*.

8. A proibição das sacolinhas poderá acarretar o fim de 30.000 empregos diretos no país e 6.000 empregos diretos em São Paulo.

9. Para evitar o acúmulo de fungos e bactérias e a possível contaminação dos alimentos, as sacolas retornáveis precisam ser higienizadas com alta frequência, o que aumenta o consumo de água e outros produtos. É preciso ter cuidado também com as caixas de papelão usadas, pois muitas vezes elas não têm as condições higiênicas adequadas para transportar as compras.

10. Sacolinhas plásticas são recicláveis: se usadas e descartadas corretamente, podem se transformar em diversos outros produtos plásticos.

11. O problema não é a sacolinha, e sim o desperdício e o descarte inadequado, esses sim são os vilões do meio ambiente. A solução, portanto, não é proibir, mas educar a população a usar, de forma responsável, as sacolinhas plásticas e todas as outras embalagens.

Quer saber mais? Acesse www.plastivida.org.br e informe-se. Você vai ver que proibir as sacolinhas vai custar caro, não vai ajudar o meio ambiente e é você quem vai ter que pagar essa conta.

* Segundo o Environment Agency www.environment-agency.gov.uk

Fonte: INP - Instituto Nacional do Plástico 
*umpoucodetudodetudoumpouco 

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