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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 01, 2013

VENEZUELA: GENERAL DE PIJAMA BANDIDO TEM PRISÃO DECRETADA


Retired Venezuelan army general Antonio Rivero speaks during an interview in Caracas, Venezuela, May 11, 2010.
Filme velho! - Este golpista deseja ver o sangue do seu povo derramado em louvor aos interesses do Imperialísmo Americano: no fundo o mercenário deseja o poder total como recompensa.

Venezuela: ex-general opositor tem prisão preventiva decretada por onda de violência

O general reformado Antonio Rivero, dirigente do partido opositor Vontade Popular, teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (29/04), por um tribunal de controle da área metropolitana de Caracas. Ele é acusado de instigação ao crime e associação para delinquir durante a onda de violência pós-eleitoral na Venezuela. Por meio de uma carta lida à imprensa por seu irmão, Rivero se declarou em greve de fome por sua prisão. Detido no sábado pelo Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), por ordem do Ministério Público do país, Rivero apareceu em um vídeo - exibido pelo ministro venezuelano do Interior, Miguel Rodríguez Torres, durante uma coletiva de imprensa - dando instruções para manifestantes, durante um panelaço convocado por Henrique Capriles contra a proclamação de Nicolás Maduro como presidente do país, no dia 15 de abril.
Este psicopata de boné,com sua voz cheia de ódio e rancor em razão da esperada derrota que sofreu, sempre esteve pronto á sacrificar milhares de almas inocentes e úteis á sua causa pessoal; não é possuidor de  um projeto nacional: deseja o poder pelo o poder,nada mais que o poder. No Brasil já tivemos um caso assim,onde o aventureiro acabou tendo exito; mas que depois foi apeado do poder em pleno mandato pelos estudantes cara pintadas que foram ás ruas exigir sua saída do Palácio do Planalto. 

“Podem se livrar das pedras, podem se livrar das garrafas, podem se livrar de paus, etc, etc. [Façam] uma espécie de escudo, como no uso antigo. Mas mantenham-se coesos, integrados, unidos, não procurem se dispersar, integrados, ok? Unidos, força de bloco. Se se dispersam, se arruína”, diz o ex-general na gravação. “É importante manter tudo o que façam sob a direção”, diz, ao que é interrompido, e completa: “que tem Capriles”.
No dia em que o vídeo foi gravado, atos de violência se alastraram por diversos Estados do país, deixando quase 80 feridos e pelo menos nove mortos – a maioria identificada com o chavismo.  
Movimentos sociais
Em uma marcha convocada por movimentos sociais venezuelanos na última semana, a organização Esquerda Unida montou um stand para promover um abaixo-assinado no qual pediam que Capriles e diversos líderes opositores fossem levados a julgamento pelos atos violentos cometidos no dia do protesto. O documento também incluía o nome de Nelson Bocaranda, jornalista que escreveu em seu perfil de Twitter, no dia do panelaço, que médicos cubanos estariam urnas eleitorais dentro de um CDI.

Venezuelanos assinam abaixo-assinado pela prisão de Capriles. Evento foi organizado por movimentos sociais em Caracas

De acordo com Osvaldo González, que cuidava do stand, o movimento já coletou 12 mil assinaturas em apoio à solicitação. “Solicitamos que Capriles seja julgado com todo seu entorno, com todos os que se manifestaram publicamente com ele, de modo agressivo e causando tanta violência e até mortos no país”, afirmou a Opera Mundi, enquanto pendurava cartazes com a mensagem “Capriles preso já!”.
“Com o apoio do povo vamos conseguir rotundamente que esse tipo de eventos não voltem acontecer. Estes sem vergonha não foram presos, condenados, pelo que já fizeram no passado e agora estão fazendo todo o possível pra provocar uma guerra civil no país”, expressou, complementando:
“Nós, que viemos da base do povo, não podemos permitir que isso continue. Aqui tem que haver justiça, não queremos mais violência no país como a que causaram esses traidores da pátria”. Já Henry Alberto Torres, funcionário da Ouvidoria do Povo, afirmou que a melhor forma do país evoluir é ter “mão dura” com eventos como os registrados durante a onda de violência. 
“Assino essa petição porque é preciso que esse homem pague pelo que fez, por essas mortes de gente inocente”, explicou. “Espero que a justiça também seja aplicada para todos que atuaram junto com ele. No meu trabalho, eu evito injustiças contra muitas pessoas. Neste caso há provas, então é preciso que eles paguem pelos danos que cometeram”, concluiu. 
*militanciaviva

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