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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, abril 29, 2014

BRASIL - GUERRA CIVIL E CONVULSÃO SOCIAL SÃO AS ÚNICAS OPÇÕES DA DIREITA BRASILEIRA PARA CHEGAR AO PODER 

 



Art by Antonio Berni

por Eduardo Bueres
Já deu para a maioria dos cidadãos notar que, desde o fim do Golpe Militar, o nível de provocação dos neo-fascistas brasileiros é parte real de um plano continentalista que visa sabotar a paz politica e social em que vive o Brasil com os seus atuais 200 milhões de consumidores; tudo em nome da defesa dos megas vilipendiosos interesses econômicos, empresariais, comerciais que circulam em torno da manipulação dos tesouros que o poder total oferece.

Indignados e  incomodados pela abissal incompetência parlamentar dos seus fieis agentes no Congresso Nacional e na Câmara do Deputados em Brasília  - refiro-me aqui aos políticos niilistas que andam atolados até o pescoço num lodaçal de decadência eleitoral -  o braço midiático e empresarial da direita -o chamado PIG - tem se comportado mal  ao tentar caricaturar os principais ícones do atual governo como bandidos. Até mesmo publicações no exterior reconhecem que a grande imprensa brasileira tem reagido de forma ensandecida, desproporcional, oportunista, covarde e sórdida, frente a tarefa até agora frustrada de anular as conquistas sociais da centro esquerda inspiradas por Lula e depois Dilma, usando para tal o seu enorme e bilionário poder de comunicação adicionado à um fanatismo editorial, tão tirano que, até Hitler ficaria com inveja!.

De 2004 aos dias de hoje, o eleitorado foi colocado diante de dois modelos distintos de desenvolvimento: um que valorizava e colocava o ser humano no centro do conjunto dos esforços para alcançar com exito os novos desafios do Brasil diante da necessidade de se renovar no seculo XXI, aproveitando melhor e com amplo realismo as suas enormes vantagens naturais, sem abrir mão da condição de nação soberana e dona absoluta de suas riquezas; 

o outro que colocava os especuladores e donos do capital transnacional no logar de Deus. 

Este último modelo privatista, subserviente, retrogrado e antipatriótico, por ser nocivo ao bem estar comum, por vontade da maioria absoluta do eleitorado nacional, à mais de uma década amarga uma clara rejeição nas urnas em favor das propostas e ações apresentadas em três mandatos consecutivos pelo partido criado pelos trabalhadores.
Muitos articulistas livres já alertaram e, continuam a alertar incansavelmente, pelas redes sociais e blogosfera, que todos os limites já foram ultrapassados por setores ligados a ultra direita golpista que, através dos meios de comunicação em massa, instigam bolsões da grande burguesia e classe média alta, para que estas se voltem com toda barbárie e fúria preconceituosa contra o atual governo popular de centro esquerda, que foi democraticamente eleito e tem colecionado um excepcional um bom conjunto de acertos e vitórias, apesar de muitos equívocos e contradições, especialmente no combate as desigualdades sociais e no campo geo-politico, entre outros, fazendo com que a Nação, mesmo conturbada por suas imensas distorções históricas, seculares, respire dadivosos dias de paz.

Continuando este indesejado estado de beligerância midiática, em ambos os lados, boa parte do povo mais rude já se prepara com muita coragem e disposição para a chegada do momento certo, que poderá ser entre junho e outubro de 2014, quando haverá um desabafo incontido e um chamamento por parte das forças de Esquerda progressista, para que a população saia as ruas em defesa do governo democrático, que tem sofrido toda sorte de vilanias e calunias; que já cansado levar nas costas punhaladas e chibatadas dos vendilhões da nação encarnados em canalhas milionários antipatriotas, poderá revidar equivocadamente as humilhantes provocações que vem sofrendo.
Pode ser também que a 'panela de pressão politica  possa explodir mais cedo do que se espera a partir de um fato novo e relevante e, a partir do primeiro insignificante confronto físico motivado por questões ideológicas, nunca mais haverá paz, nem vencedores nem vencidos. Todos perderemos!. Como a direita detém a primazia de comandar livremente a grande força representada pelo império das telecomunicações nacional, que obedece aos interesses transnacionais, através da senha maniqueísta diuturnamente martela, tentará lavar o cérebro de uma nação inteira apontando quem, segundo seu entendimento, representa o bem, e quem representa o mal,não sossegando enquanto não houver derramamento de sangue.


Cabe a Forças Esquerdas não caírem neste tipo de arapuca, cientes que, nestes novos tempos, somente através da guerra fratricida,do sangue derramado e do caos, com o apoio dos estados Unidos e seus lacaios tupiniquins -aqueles que tiram os sapatos para passar nas alfandegas do Império,mesmo sendo os donos trilionários das grandes emissoras- que a direita capitalista racista e gananciosa teria uma brecha de chance de tornar a governar o Brasil. 

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