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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 18, 2014


Semana pela legalização da maconha em SP repercute na mídia




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A Marcha da Maconha de São Paulo, está agendada para o dia 26, às 14 horas no vão livre do MASP e a partir de amanhã começa a Semana Pela Legalização da Maconha, que vai do dia 19 até a data da marcha. Hoje (18), os sites de notícias O Globo e Folha de S.Paulo noticiaram o evento.


Para aquecer os motores, cérebros e pulmões para a Marcha da Maconha São Paulo 2014, a organização bolou a Semana Pela Legalização da Maconha entre os dias 19 e 26. A ideia é explanar o debate acerca da regulação da maconha em diversos pontos da cidade. O ato durante a semana contará com rodas de conversas, música ao vivo, visita à Cracolândia, filmes, sabatina com políticos e muito mais.

Não fique de fora e participe!

Confira abaixo as publicações do O Globo e Folha de S.Paul sobre a o ato
semana sp O Globo
São Paulo abriga Semana pela Legalização da Maconha
Série de eventos e debates começa neste sábado em preparação à marcha pela liberação da droga na próxima semana
A partir deste sábado São Paulo abrigará a Semana Pela Legalização da Maconha, série de eventos e debates em preparação à Marcha da Maconha na cidade, marcada para a tarde do próximo dia 26 de abril. Já no Rio, a manifestação está prevista para ocorrer no dia 10 de maio.
A programação da semana paulistana começa às 15h com uma exibição de filmes, música ao vivo e roda de conversa com o historiador Henrique Carneiro, a jornalista Gabriela Moncau, integrante do Bloco Feminista e do Coletivo DAR, e Wesley Rosa, da organização da marcha. No domingo, em horário e com participantes ainda a confirmar, haverá debate sobre a “guerra às drogas e encarceramento”, enquanto na terça-feira está prevista visita dos organizadores da marcha à “cracolândia” paulistana.
Outros debates e sabatinas com políticos completam a programação da semana, culminando com a marcha propriamente dita no outro sábado, com concentração a partir das 14h no MASP. Confira o que mais vai acontecer e os horários na página do evento no Facebook.
Semana sp Folha
São Paulo terá semana de atos pela legalização da maconha
Com incentivadores como o cantor Marcelo D2 e o diretor do Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa, começa amanhã em São Paulo a Semana Pela Legalização da Maconha, que antecede a Marcha da Maconha, marcada para o dia 26.
A programação da semana, disponível na página do evento no Facebook, prevê debates e exibições de filmes, que serão realizados em vários pontos da cidade, como a cracolândia e praça Roosevelt.
O lema da Marcha da Maconha 2014 será “Cultive a liberdade para não colher a guerra”. Segundo uma das organizadoras, Thaisa Torres, além do trocadilho com o cultivo da droga, a frase pretende evidenciar a quantidade de pessoas mortas, feridas e presas devido a criminalização da maconha.
Para a divulgação do evento foram produzidos vídeos disponíveis no Youtube com artistas como Marcelo D2 e José Celso defendendo a participação na marcha.
“Uso maconha há mais de 40 anos e sou a favor da legalização total e absoluta. Ultimamente tenho trabalhado muito e fumo para amenizar as dores de cabeça e de coluna”, disse José Celso à Folha.
A concentração para a Marcha da Maconha começa às 14h no Masp, na av. Paulista, e o grupo segue até a praça Roosevelt. A organização espera reunir 12 mil pessoas.
Procurada para informar sobre a operação para o dia da marcha, a Polícia Militar disse ainda não ter dados da ação. No ano passado, houve confrontos entre policiais militares e manifestantes após a detenção de pessoas que estariam fumando maconha durante a manifestação.

Além de São Paulo, estão agendados atos em mais 20 cidades brasileiras até junho.


*http://smkbd.com/semana-pela-legalizacao-da-maconha-em-sp-repercute-na-midia/

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