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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 26, 2014

Ex-líder da KKK teve relações com homem negro


Frazier Glenn Miller supremacia branca
Frazier Glenn Miller, ex-líder da Ku Kux Klan (Divulgação)
Frazier Glenn Miller, de 73 anos, ex-líder da Ku Kux Klan e fundador do Partido Patriota Branco está sendo julgado pela morte de três pessoas que ele pensava serem judias no Kansas (EUA) no início de abril. A promotoria pediu pena de morte.
O caso ganhou bastante repercussão nas imprensas nacional e internacional. Um detalhe, recentemente revelado, pôs o passado supremacista de Frazie em xeque. De acordo com registros policiais, o americano foi flagrado por agentes dentro de um carro fazendo sexo com um homem negro. O acompanhante do réu estava vestido de mulher, de acordo com documento obtido pela ABC News.
Nascido em Aurora (Missouri, EUA), o ex-líder da KKK é acusado da morte um médico de 69 anos e seu neto adolescente e também de homicídio qualificado pela morte de uma mulher de 53 anos que visitava sua mãe em uma residência para idosos. Frazier não conhecia as vítimas. Preso, ele teria gritado “Heil Hitler!” enquanto era levado por policiais.
*pragmatismopolitico

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