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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, abril 08, 2014

Papo de Pastor Infeliciasno

    Marco Feliciano revela que já usou cocaína e diz que alguns homens têm tara por sexo anal (... abre o verbo em entrevista à “Playboy” deste mês.)

Feliciano em foto para a publicação: ele foi o segundo político evangélico com maior número de votos no país e o 12° entre os 70 deputados eleitos pelo estado de São Paulo Foto: Joédson Alves / Divulgação/Playboy
O deputado federal e ex-presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano, abre o verbo em entrevista à “Playboy” deste mês. O político e pastor evangélico, que ganhou projeção nacional por causa das controversas opiniões sobre os direitos homossexuais, contou que já usou drogas como cocaína, e voltou a reafirmar que nunca teve uma relação homossexual.

“Conheci a cocaína nos bailinhos, no fim dos 12 anos. Só a cocaína. Eu tentei a maconha, mas engasguei, nunca consegui fumar nem cigarro. Não conseguia tragar. Com a cocaína era fácil”, revelou.

Ele também afirmou que compreende o prazer que homens possam ter com sexo anal. “Com certeza, tem homens que têm tara por ânus, sim. Eu não entendo muito dessa área porque nunca fiz, graças a Deus, e espero nunca fazer, porque parece que quem faz não volta mais. (Risos). Deve ser uma coisa tão estranha...”, encerra.

* Blog Justiceira de Esquerda

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