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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 27, 2014

Polícias Militares do Brasil são ridicularizadas na internet



Polícias Militares do Brasil são ridicularizadas na internet


Inspirados em uma campanha feita em Nova Iorque, internautas brasileiros criaram a página “Minha PM”, que reúne fotos que flagram a repressão e a violência policial. 
Da Redação 
Na última semana a polícia de Nova Iorque, nos Estados Unidos, iniciou uma campanha de marketing que incentivava os cidadãos a postarem fotos com os policiais com a hashtag #myNYPD. Em pouco tempo, no entanto, a hashtag foi para os Treding Topics do Twitter com os usuários se aproveitando para postar fotos denunciando os abusos e a violência cometida pela polícia nova iorquina. 
No Brasil, usuários da rede se inspiraram no inusitado protesto dos americanos e criaram o tumblr Minha PM, que traz fotos denunciando a violência das Polícias Militares pelas cidades do país. De maneira bem humorada e irônica, a página convoca os internautas a compartilharem fotos dos “seus lindos momentos com a Polícia Militar brasileira”.
As legendas das fotos ironizam a postura dos agentes do Estado em diversas situações e evidenciam a desproporcionalidade da ação policial em relação às vítimas da violência retratada.
Confira abaixo algumas das imagens reunidas pela página:
Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM
Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM

Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM
Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM

Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM
Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM

Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM
Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM
Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM
Foto: Reprodução/Tumblr Minha PM
*revistaforum

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