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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 26, 2014

Quem te viu, quem te vê PSDB…


Ontem a Ministra Rosa Weber acatou o pedido da oposição,  definindo que CPI será somente sobre a Petrobras, não envolvendo outros casos como o do metrô de São Paulo.
A parte irônica desse caso é que o PSDB nunca deixou que uma CPI fosse aprovada enquanto esteve no Governo Federal. O mesmo aconteceu nas administrações tucanas de Minas Gerais e São Paulo. Quanta diferença na postura quando a CPI é para investigar adversários…
Relembre aqui alguns casos  “suspeitos”, que nunca foram investigados:
1) Caso da CPI da corrupção, em 2001
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2) Caso Sudam/Sudene, em 2000
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3) Caso das plataformas superfaturadas da Petrobras, em 2001
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4) Caso da compra de votos para a aprovação da Emenda Constitucional que criou a reeleição no Brasil, em benefício do então presidente FHC (1997)
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5) Além de não respeitar a indicação do Ministério Público para o cargo de Procurador Geral da República, como é feito nas gestões petistas, FHC ocupava politicamente todos os órgãos de controle, como a Polícia Federal

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*http://desmascarandoglobofolha.wordpress.com/2014/04/24/quem-te-viu-quem-te-ve-psdb/

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