Fidel Castro está bem, mas comovido por morte de García Márquez, diz vice-presidente
Do Opera Mundi
O primeiro vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou nesta
sexta-feira (25/04) que Fidel Castro "está muito bem", apesar de
"consternado" com a morte do amigo e escritor colombiano Gabriel García
Márquez.
"Sua saúde está muito bem, está trabalhando intensamente nas coisas que
ele atendeu nos últimos tempos e, certamente, se consternou muito com a
morte de García Márquez, que foi seu entranhável amigo", afirmou
Díaz-Canel ao responder as perguntas de um grupo de jornalistas em
Havana.
Questionado sobre o quanto Fidel sentiu as mortes de "Gabo" e de seu
também íntimo amigo Hugo Chávez, falecido em 2013, Díaz-Canel assegurou
que o líder da revolução cubana "tem uma boa resistência interna para
esse tipo de problema".
"Fidel é um homem com uma enorme sensibilidade humana. Portanto, a perda
dos amigos é sentida como todas as pessoas que têm sensibilidade humana
sentem, mas também é um homem muito vivido por todas as batalhas que
teve que lidar no mundo", sustentou.
As declarações de Díaz-Canel foram feitas hoje em frente à sede da
embaixada da Colômbia em Havana, onde ele se apresentou junto ao
ministro cubano de Cultura e outros funcionários do governo para assinar
o livro de condolências pela morte de García Márquez.
O Nobel colombiano, fiel admirador de Cuba e sua revolução, manteve uma
amizade pessoal durante décadas com o agora ex-presidente Fidel Castro,
de 87 anos e afastado do poder desde 2006 por causa de uma doença
intestinal.
O primeiro vice-presidente cubano, além da amizade entre Fidel e o
escritor colombiano, também ressaltou que García Márquez teve "gestos
muito importantes" em direção ao país caribenho.
"Toda amizade com Fidel, toda compreensão do processo da revolução
cubana, tudo o que nos defendeu internacionalmente e tudo o que fundou
em nosso país (...) essas serão as lembranças que teremos dele", apontou
Díaz-Canel.
García Márquez morreu aos 87 anos no último dia 17 de abril em sua
residência na Cidade do México, poucos dias após sair do hospital onde
foi internado com uma infecção pulmonar.
De Cuba, Fidel Castro chegou a enviar ao México uma coroa de flores para
acompanhar as cinzas do escritor, mas, até o momento, nenhuma
declaração pública foi feita em relação à morte de "Gabo".
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