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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 09, 2014

Agora é vez do Brasil, com os gorilas da opulência e estupidez mirando seus punhos para o povo


Era uma questão de tempo, um período de animosidade muito longo, como se todos soubessem que haveria uma calmaria antes da tempestade
Em 2013-2014 esse espaço de tempo foi onde a direita se levantou, não só no Brasil, não só em São Paulo, mas em todo o mundo.
Acompanhamos boquiabertos a ascensão neonazista na Ucrânia (http://goo.gl/Lqj5Fm), Grécia (http://goo.gl/COq6vS), Tailândia (http://goo.gl/OGHP0X) , Espanha (http://goo.gl/z9Qwdk) , Japão (http://goo.gl/vv03Nq / http://goo.gl/cMcFDt), Argentina (http://goo.gl/MBnIH8), Venezuela e até em Israel(http://goo.gl/YE33Nc)!!!
Agora é vez do Brasil, com os gorilas da opulência e estupidez mirando seus punhos para o povo, para aquele que é negro, nordestino, bolsista, homossexual, para aquele que não é evangélico, para aquele que pratica umbanda ou candomblé, para aquele de esquerda ou apenas aquele que tenha uma opinião própria.
Ninguém ainda sabe ao certo o que aconteceu ou qual foi a fagulha que incendiou o barril de pólvora, mas ele explodiu em nossos rostos....
É hora de nos unirmos em um não retumbante! E não permitir que o mundo, que o Brasil assista outra campanha da Itália, com seus fascios, suáticas ou sigmas ou sua subliminar se não perversa; "defesa da familia, tradição e bons costumes".
Vamos lutar, vamos lutar, vamos resistir...
Por um bem maior!
‪#‎HUNK‬

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