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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 14, 2014

Economistas declaram apoio a Dilma Rousseff

Jornal GGN – Um grupo de economistas, professores e pesquisadores de diversas faculdades do país, se reuniu para apoiar a candidatura de Dilma Rousseff. “O que está em jogo nesta eleição é a volta ao passado ou a continuidade do modelo que abre as portas do futuro. É a opção entre as políticas que serviram para perpetuar as desigualdades e o modelo que contribuiu para aprofundar a democracia, trazendo à luz milhões de novos cidadãos”, diz o manifesto.
Do Brasil Debate
O que está em jogo nesta eleição é a volta ao passado ou a continuidade do modelo que abre as portas do futuro. É a opção entre as políticas que serviram para perpetuar as desigualdades e o modelo que contribuiu para aprofundar a democracia, trazendo à luz milhões de novos cidadãos
O Brasil está vivendo uma profunda transformação social que interrompeu o ciclo histórico da desigualdade no País. Nos últimos 12 anos, dezenas de milhões de pessoas tiveram acesso à economia formal e conquistaram um novo patamar de cidadania. Na base dessa transformação está o modelo de desenvolvimento econômico com inclusão social iniciado no governo do presidente Lula e que prossegue no governo da presidenta Dilma Rousseff.
Este modelo ampliou o acesso ao emprego, ao crédito e ao consumo. Combinado com a valorização dos salários e a transferência de renda, dinamizou o mercado interno, estimulou o investimento e promoveu o crescimento econômico, beneficiando a sociedade como um todo. A nova dinâmica da economia permitiu aumentar os investimentos sociais e em infraestrutura. O Brasil tornou-se mais robusto diante das oscilações internacionais.
Mesmo no contexto econômico global mais adverso dos últimos tempos, o governo Dilma manteve seu foco no aumento do bem-estar da população, com ênfase na promoção da igualdade de oportunidades, para que todos possam progredir e realizar seus sonhos e aspirações. Em quatro anos, foram criados 5,5 milhões de empregos formais e a renda das famílias continuou a crescer.
Dificuldades conjunturais existem e devem ser enfrentadas com firmeza; fazendo correções e ajustes sempre que necessário. Mas não podem servir de pretexto para um retorno às políticas econômicas do passado, que se voltavam apenas para uma parcela da população e, diante dos problemas, impunham à maioria o preço da recessão, do desemprego, do arrocho salarial e do corte dos investimentos sociais.
Nos governos Lula e Dilma, a garantia da estabilidade econômica sempre esteve associada ao objetivo de promover o crescimento econômico, com geração de emprego e renda, e a superação das desigualdades sociais e regionais. Essa é a diferença essencial em relação ao modelo anterior, representado pela candidatura do PSDB.
O que está em jogo nesta eleição é a volta ao passado ou a continuidade do modelo que abre as portas do futuro. É a opção entre as políticas que serviram para perpetuar as desigualdades e o modelo que contribuiu para aprofundar a democracia, trazendo à luz milhões de novos cidadãos.
Quem reduziu a pobreza e a desigualdade de renda tem mais capacidade de avançar no processo de inclusão social. Quem aumentou a geração de empregos e ampliou o acesso ao crédito tem mais capacidade de fazer o País crescer. Quem investiu no futuro, duplicando para sete milhões o número de vagas no ensino superior, é capaz de continuar mudando o Brasil e dialogar com demandas sociais crescentes e justas.
Quem construiu as bases de um novo ciclo de desenvolvimento é capaz de conduzir o Brasil nessa nova etapa. Quem democratizou a oferta de oportunidades, criando os alicerces de uma Nação mais justa, é que pode manter o País unido e superar os desafios do momento, sem deixar nenhum brasileiro para trás.
Para o Brasil continuar avançando, com democracia e desenvolvimento econômico para todos, apoiamos a reeleição da Presidenta DILMA ROUSSEFF.
Dê seu apoio, colocando nome e local de trabalho em: economistascomdilma@gmail.com
Lista de Apoio Inicial
Maria da Conceição Tavares, Professora Emérita da UFRJ e Unicamp
Luiz Gonzaga Belluzzo, Professor da FACAMP e UNICAMP
Nelson Barbosa, Professor e Pesquisador da FGV e Professor da UFRJ
Ricardo Carneiro, Professor UNICAMP e Diretor do BID
Fabricio Augusto de Oliveira, Professor da UFMG
José Flores Fernandes Filho, Professor do Instituto de Economia da UFU
Lauro Mattei – Professor Universidade Federal de Santa Catarina
Márcio Pochmann, Professor da Unicamp
Ana Maria de Paiva Franco, Professora IE, Universidade Federal de Uberlândia
Clemente Ganz, Economista do DIEESE
Jorge Mattoso, Professor da Unicamp

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