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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 11, 2014

Patrocinador do golpe na Ucrânia é parceiro de assessor do tucano Aécio Neves

Parceiro de Armínio Fraga neto, ex-presidente do BC e homem de confiança do presidenciável tucano, Aécio Neves (MG), o multimilionário norte-americano George Soros reconheceu, nesta quarta-feira, sua responsabilidade sobre o golpe de Estado na Ucrânia, aplicado pela ultradireita, com apoio de forças neonazistas.

Parceiro de Armínio Fraga neto, ex-presidente do BC e homem de confiança do presidenciável tucano, Aécio Neves (MG), o multimilionário norte-americano George Soros reconheceu, nesta quarta-feira, sua responsabilidade sobre o golpe de Estado na Ucrânia, aplicado pela ultradireita, com apoio de forças neonazistas. Fraga, que se propõe a colaborar na campanha de Neves, baseia-se na sua experiência como sócio de Soros em fundos de investimento. Soros admitiu ter contribuído com a extrema direita para a derrubada do regime democrático ucraniano e a implantação do governo de facto que assumiu em seguida.

Em entrevista à rede norte-americana de TV CNN, Soros afirmou que “uma das coisas que muitas pessoas reconhecem (sobre ele) foi o financiamento das atividades dos grupos dissidentes na Polônia e na República Checa”, o que provocou a pergunta seguinte, se ele estaria “fazendo coisas similares na Ucrânia”.

– Criei uma fundação na Ucrânia antes mesmo que o país declarasse sua independência da Rússia. Esta fundação está funcionando desde então e tem representado um papel importante nos acontecimentos atuais – revelou Soros.

No portal de internet InfoWars, reportagem publicada há alguns dias rompeu o cerco midiático em curso quanto à realidade na Ucrânia ao apontar a participação de Soros, em colaboração estreita com a Fundação Nacional para a Democracia (USAID, na sigla em inglês) – que assumiu parte das atribuições da Agência Central de Inteligência (CIA, também na sigla em inglês) – no golpe de Estado. O Instituto Republicano Internacional, a Casa da Liberdade (Freedom House) e o Instituto Albert Einstein também foram citados como cúmplices no financiamento e na derrubada de governos na Europa Oriental e na Ásia Central, logo após a dissolução da União Soviética.

Muitos dos participantes das manifestações em Kiev assumiram fazer parte de determinadas Organizações Não Governamentais (ONGs) responsáveis por treiná-los em táticas de guerrilha urbana, em numerosos cursos e conferências promovidos pela Fundação do Renascimento Internacional (IRF, em inglês), criada por Soros. A IRF, fundada e financiada pelo multimilionário, orgulha-se de ter feito “mais do que qualquer outra organização” para a “transformação democrática” da Ucrânia, afirmou.

A ação de Soros, no entanto, permitiu que ultranacionalistas passassem a controlar os serviços de segurança ucranianos, como a polícia e as forças armadas. Em abril, o secretário do Conselho de Segurança Nacional e da Defesa, Andréi Parubiy, foi acusado por testemunhas de aceitar suborno da CIA para ajudar no combate àqueles que se opõem ao governo autoproclamado. Ainda segundo o InfoWars, a operação militar de Kiev, com seu caráter violento, incluindo o incêndio na sede de um sindicato em Odesa, no qual morreram mais de 80 pessoas, também pode ser atribuído ao ativismo de George Soros e das outras organizações ligadas à IRF.

Estas mesmas ONGs foram detectadas no Brasil com um serviço semelhante àqueles prestados pela IRF à ultradireita na Ucrânia. A ONG Brazil No Corrupt seria mais uma na lista de organizações patrocinadas por organismos internacionais para a promoção de atos de vandalismo e de violência nas manifestações de rua, principalmente agora, às vésperas da Copa do Mundo, no movimento #naovaitercopa. Compete, ainda, a estas organizações, o patrocínio de páginas nas redes sociais, como a TV Revolta, entre outras, criadas para disseminar o ódio e promover a desestabilização do governo instituído, em manifestações violentas nas principais capitais do país.
771 visitas - Fonte: Correio do Brasil
*PlantaoBrasil

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