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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 18, 2014

PT-SP entra com representação na Justiça contra preconceito

 
Publicação do Diretório Estadual do PT de São Paulo - Secretaria de Comunicação
Outubro de 2014 - Edição n. 216
 
 

PT-SP entra com representação na Justiça contra preconceito

O Diretório Estadual do PT-SP ingressou com duas representações na Justiça pedindo concessão de medida cautelar endereçada ao Ministério Público Federal e ao Conselho Federal de Medicina, contra a comunidade virtual "Dignidade Médica" pelo uso de redes sociais com diversas postagens que incitam o ódio contra os nordestinos, profissionais de baixa renda, o Partido dos Trabalhadores (PT) e a candidata à reeleição presidencial Dilma Rousseff.
Os comentários escritos contra a população nordestina possuem nítida natureza racista, com incitação de preconceito e discriminação, violando os princípios básicos do Estado Democrático de Direito Brasileiro, como: a liberdade democrática, a autodeterminação, o pluralismo político, além da dignidade do ser humano. 
O Diretório do PT-SP pede a imediata paralisação da veiculação das mensagens com conteúdo racista e responsabilização criminal e civil dos envolvidos, por afrontar a liberdade política constitucionalmente assegurada a todos. 
Emidio de Souza, presidente estadual PT-SP e
Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do setorial jurídico do PT-SP

 
 
 
Diretório Estadual do PT de São Paulo
 
Rua Abolição, 297, Bela Vista - 01319-010 - São Paulo - SP
Telefone (11) 2103-1313
 

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