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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 07, 2014

Socializando

Só assim a burguesia pode achar alguém disposto a vender sua mão de obra, essencial para multiplicar seu capital, e pagando muito pouco (e, ainda hoje, sempre menos do que o trabalhador produz).
É bom também pra desmistificar o capitalismo, como se fosse algo natural, e não social/cultural. Pois se é verdade que na transição para o socialismo há problemas, não menos problemas houve na transição para o capitalismo.
Foi terrível a transição, embora o capitalismo também tenha gerado seus frutos. E os socialistas não rejeitam tais frutos, não querem voltar para o feudalismo, mas querem distribuí-los e administrá-los através de seus produtores reais.
O trecho da imagem é da obra "O que todo cidadão precisa saber sobre: Comunismo" de José Paulo Netto (super recomendada para iniciantes). Para download em nosso grupo:https://www.facebook.com/groups/557711580977919/672271922855217/
Marx trata do assunto no capítulo 24 de O Capital, sobre a Acumulação Primitiva. Vocês podem baixar aqui:https://www.facebook.com/groups/557711580977919/699820050100404/
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