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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, março 15, 2015

Arrogâcia made USA: Norte Americanos vetam, de novo, venda de aviões militares brasileiros. O Exército Islâmico agradece



por Fernando Brito
 
Primeiro, foi a venda das aeronaves EMB-314 SuperTucano à Venezuela, em 2006.
 
Agora, o governo norte-americano ameaça inviabilizar a venda de 24 aviões deste modelo – num valor entre US$ 250 milhões a US$ 300 milhões ao governo dos Emirados Árabes Unidos, um aliado dos EUA no oriente Médio.
O motivo?
Os Emirados iam repassá-los ao Iraque, para ajudar no combate ao Exército Islâmico, que controla vastas áreas do país. Como o Iraque tem tido forte ajuda do governo do Irã especialmente na aeronáutica, os EUA vetaram a transferência, com pressões sobre o governo de Abu Dhabi.
E, dizem eles, os SuperTucanos cairiam nas mãos dos iranianos, que não possuem esta aeronave, 
 
mas sua versão anterior (e inferior), o EMB-312 .
 
Se as pressões não forem suficientes, os Estados Unidos podem fazer valer, como no caso da Venezuela, seu poder de veto pelo fato de haver, na aeronave, sistemas de comunicação de tecnologia americana.
 


Pois é: o Exército Islâmico é terrorista, genocida, etc, etc..
Embora, claro, desfile com farto armamento de origem norte-americana.

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Quando se trata de seus interesses geopolíticos, os Estados Unidos não vacilam em lhes dar, digamos, “cobertura aérea”.

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