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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, março 20, 2015

O ministro da Defesa do Brasil, Jaques Wagner, autorizou o emprego das Forças Armadas em apoio logístico ao programa Mais Médicos do governo federal


Ministro da Defesa do Brasil Jaques Wagner

Forças Armadas Brasileiras darão apoio logístico ao Mais Médicos

© Jorge Cardoso/ Ministério da Defesa
BRASIL
96296
O ministro da Defesa do Brasil, Jaques Wagner, autorizou o emprego das Forças Armadas em apoio logístico ao programa Mais Médicos do governo federal. A decisão foi publicada hoje (19) no Diário Oficial da União e atende a uma determinação da presidenta Dilma Rousseff.
O texto estabelece que comandantes da Marinha e do Exército acionem os meios logísticos necessários para a recepção, a hospedagem, o transporte urbano e a distribuição dos médicos intercambistas e supervisores nos municípios.
Um oficial deverá ser designado para promover a ligação com os órgãos governamentais. Os comandantes deverão informar ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas as necessidades financeiras exigidas para o apoio ao programa.
De acordo com a publicação, o comandante da Aeronáutica deverá acionar os meios logísticos pessoais e materiais necessários para o transporte aéreo dos médicos intercambistas e supervisores.
O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, por sua vez, deverá promover a ligação e a coordenação com as demais autoridades envolvidas no programa e acompanhar a execução das ações de apoio, mantendo o ministro informado sobre as principais tarefas executadas.
O programa Mais Médicos faz parte de um pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde e prevê a convocação de profissionais para atuar na atenção básica de municípios com maior vulnerabilidade social.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/brasil/20150319/492022.html#ixzz3UtRNni3q

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