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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 14, 2015

UM DIA QUE ENTRA PARA A HISTÓRIA!: DEFESA DA REFORMA POLITICA E APOIO A DILMA, LEVA MILHARES À AVENIDA PAULISTA






UM DIA QUE ENTRA PARA A HISTÓRIA!: DEFESA DA REFORMA POLITICA E APOIO A DILMA, LEVA MILHARES À AVENIDA PAULISTA




Da Carta Capital:

O ato do dia 13 de Março convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e apoiado por diversos outros movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), se reuniu em frente ao prédio da Petrobras, na Avenida Paulista, 901, em São Paulo, enquanto o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) se reunia no vão do Masp. 
 
Ambos os movimentos se reuniram antecipadamente, às 13 horas, a fim de evitar um encontro com protesto convocado para as 15 horas pelo grupo pró-impeachment Revoltados Online.

Pontualmente às 15 horas, o grupo pró-impeachment contava com menos de dez integrantes, aqui incluído o líder Marcello Reis, que se recusou a dar entrevistas a CartaCapital. 

Efetivamente, o protesto do grupo Revoltados Online começou às 17h30, após o ato dos movimentos sociais, e reuniu apenas 50 pessoas diante do prédio da Petrobras durante 30 minutos. 

Durante sua fala, o organizador Marcello Reis espalhou o boato de que o governo federal pagou 35 reais para os manifestantes. 

A verdade, contudo, é que apenas alguns funcionários do sindicato – os responsáveis por segurar os balões de ar do movimento – foram pagos pela CUT.

Sob forte chuva, Reis afirmou que seus colegas “não são de açúcar”, mas que o evento era “apenas para marcar presença”. Por isso, após breves 30 minutos, o ato acabou, prometendo voltar a ocupar a avenida Paulista no domingo 15.

Com pouco menos de mil pessoas reunidas no começo da tarde, a manifestação dos movimentos sociais ganhou corpo a partir das 15 horas, quando participantes começaram a marchar em direção ao Masp para se encontrar com os professores. A PM estima ao menos 12 mil pessoas presentes. Os organizadores, 100 mil.

As pautas dos movimentos são a defesa dos direitos dos trabalhadores, a defesa da democracia e o repúdio ao impeachment, contra a privatização da Petrobras e a punição dos corruptos juntamente de uma reforma política que acabe com o financiamento empresarial de campanha.

“A CUT e os movimentos estão habituados a construir suas reivindicações nas ruas, e o faremos sempre que a democracia estiver em perigo. Sempre que houver aqueles que não aceitam a vontade da maioria, nós estaremos nas ruas fazendo enfrentamento pelos nossos direitos“, disse Vagner Freitas, presidente da entidade, que disse que este é apenas o primeiro de outros atos.
UM DIA QUE ENTRA PARA A HISTÓRIA!

Segundo ele, o movimento social saiu às ruas para apoiar a presidenta Dilma Rousseff e pressionar pelos direitos dos trabalhadores. “Ela precisa de aliança com os movimentos sociais, operários, trabalhadores”, disse. “Ela tem as dificuldades de um governo muito heterogêneo, um congresso conservador, e que fica impulsionando a presidenta a tomar medidas impopulares, que não condizem com o discurso com que ela se elegeu”, completa.

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