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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 02, 2015

Chineses querem final de semana de 3 dias


Professor da China quer semana com quatro dias úteis

Chineses apoiam fim de semana com três dias

© flickr.com/ Chris
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De acordo com uma pesquisa da Sina, 88% dos entrevistados foram favoráveis a ter um fim de semana com três dias na China. Segundo eles, a medida melhoraria o padrão de vida dos cidadãos após o desenvolvimento sócio-econômico do país.
Favoráveis à proposta alegam que vários países europeus obtiveram sucesso ao implementarem semanas com quatro dias úteis, como a Holanda, que tem uma das maiores produtividades da Europa ao mesmo tempo em que adota uma semana com 29 horas de trabalho.

O professor Wang Qiyan, especialista em economia da Universidade Renmin da China, também cita a Dinamarca, onde os cidadãos trabalham 37,7 horas por semana e o país é considerado o "mais feliz do mundo".
Críticos, por sua vez, argumentam que na China os funcionários têm direito a apenas cinco dias de folgas pagas por ano em média. Nos feriados nacionais, os trabalhadores precisam compensar no fim de semana anterior, cita o Global Times.

Há 20 anos, a China implementou semanas com cinco dias de trabalho. Até 1995, trabalhava-se seis dias por semana no país e com férias de até três dias. Este número subiu para sete no ano 2000, tornando famosa a expressão "Semana de Ouro" no país. Na época, folgas e férias eram vistas como períodos para consumir em vez de descansar.

O professor Wang espera que a China evolva para uma semana com quatro dias de trabalho até o ano 2030. Ele pede que os líderes recompensem os trabalhadores pela "exaustão coletiva" que representou um papel importante no crescimento econômico do país.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150402/648314.html#ixzz3WC0B2Z3m

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