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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 06, 2015

"[A cúpula do] G7 que a Alemanha sediará em junho se transformou em um clube dos EUA

Líderes dos países membros do G7 reunidos em Bruxelas em 2014

Deputado russo elogia BRICS e diz que G7 é “clube dos EUA”

© AP Photo/ Charles Dharapak

A maior autoridade em política externa da Duma, câmara baixa do Parlamento russo, disse nesta terça-feira (5) que a Rússia está mais interessada em expandir a cooperação dentro do grupo BRICS ao invés de construir relações com o Grupo dos Sete (G7) países mais industrializados do mundo.
"[A cúpula do] G7 que a Alemanha sediará em junho se transformou em um clube dos EUA e de seus aliados mais próximos. Ela não tem espaço para a Rússia nem para a China", escreveu Alexei Pushkov, presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma, em sua conta no Twitter.
Fazem parte do G7, além dos EUA, Alemanha, França, Canadá, Reino Unido, Japão e Itália.
Os países BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — representam cerca de 26% da área geográfica do mundo e abrigam, aproximadamente, 42% da população global.
Em 2013, a quota do comércio mundial dos BRICS foi de 16,1%; a de gastos militares foi de 10,8%; e a de produção de recursos energéticos não renováveis foi de 40,2%. O mercado consumidor do grupo é o maior do mundo, crescendo em cerca de US$ 500 bilhões por ano. A Rússia assumiu a presidência dos BRICS em 1º de abril deste ano, e sediará em 8 de junho a primeira reunião parlamentar dos países membros. O país também receberá a Cúpula dos BRICS na cidade de Ufa, em julho.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150505/937605.html#ixzz3ZKEacgpD

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