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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 04, 2015

Não há a menor dúvida de que o PIB da Rússia cresce e continuará crescendo de forma nominal.

Rublo

Forbes: apesar das sanções, Rússia se tornou favorita dos investidores

© Sputnik

Um ano após a introdução de sanções, a economia da Rússia demonstra uma boa margem de resistência, defende um artigo publicado pela revista norte-americana Forbes.
"Não há a menor dúvida de que o PIB da Rússia cresce e continuará crescendo de forma nominal. Se a inflação da Rússia fosse calculada da mesma forma como é feito nos EUA, esse indicador seria menor" — acredita o diretor do funddo SPRINGInvestment Group, David Herne, citado pelo artigo.
A publicação destaca que o pânico entre investidores, iniciado no final de 2014, foi provocado pela cobertura tendenciosa da Rússia pela imprensa ocidental.
"Exite muita informação falsa sendo difundida no Ocidente a respeito da Rússia. Os empreendedores investem na Rússia com medo e risco próprio, o que ficou especialmente visível em dezembro e janeiro. Em setembro, novas sanções foram aplicadas a empresas [russas] de energia. No entanto, a economia russa tinha facetas muito vantajosas, que foram ignoradas pelos investidores" — acredita o empreendedor holandês Arent Thijsen.
Um dos fatores-chave que ajudaram a economia a resistir às provações foi a baixa dívida externa da Rússia. Se as dívidas fossem altas, o país viveria uma situação muito mais penosa.
"Atualmente, a relação entre dívida e PIB na Rússia é baixa – cerca de 14%. A economia praticamente não está sobrecarregada por dívidas – a população, o setor estatal e a maioria das empresas foram pouco afetadas por elas. Isso permite à Rússia separar-se dos outros. Haverá abalos. Mercados cairão. A Rússia, no entanto, sempre se recupera" – destaca a publicação da Forbes.
Mesmo apesar do conflito na Ucrânia, das sanções e dos baixos preços de petróleo, a Rússia é atualmente a "favorita dos investidores".
Uma pesquisa promovida este ano pelo Instituto de Analistas Financeiros Certificados (CFA), colocou a Rússia em  4° lugar entre os mercados com maiores perspectivas de lucro, atrás dos EUA, da China e Índia. O artigo da Forbes, no entanto, defende que a Rússia na verdade lidera esse ranking.
"As sanções não funcionam porque é difícil de prejudicar a Rússia. As empresas terão prejuízos, algumas mais do que outras, mas depois de um ano a situação irá se recuperar. E, passado um outro ano, ficará ainda melhor. Em dado momento, todos correram para vender seus ativos na Rússia, mas nós estamos seguindo o preceito de Warren Buffett: seja corajoso quando todos estão com medo" — acredita Arent Thijsen.


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