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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 06, 2010

boicote a mídia corrupta






Sensus, Ibope e Vox: Pode dar Dilma no 1º turno

Dilma está muito perto de derrotar Serra logo em 3 de outubro

Os institutos de Pesquisa Sensus, Ibope e Vox Populi concordam que Dilma Rousseff pode liquidar a fatura da eleição presidencial no primeiro turno. Perguntados diretamente sobre essa hipotese pelo colunista da Carta Capital, Mauricio Dias, os presidentes dos três institutos responderam afirmativamente, justificando suas respostas.

Ricardo Guedes, do Sensus, que divulgou a última pesquisa, com Dilma 10 pontos à frente de Serra, usou um número inqustionável para sustentar a possibilidade. Dilma tem 48,5% dos votos válidos, portanto está muito próxima dos 50% mais um dos votos necessários para ganhar no primeiro turno, e isso antes do início da propaganda eleitoral.

Montenegro, do Ibope, afirma que a eleição pode terminar no primeiro turno com vitória de Dilma, já que ela está com todos os indicadores em alta e crescendo no Sudeste, onde a eleição se decide. Montenegro destaca a redução da desvantagem de Dilma para Serra em São Paulo, de 25 pontos para 11 pontos. O presidente do Ibope só não cravou a vitória de Dilma porque considera que os programas eleitorais e os debates podem causar alguma mudança no cenário.

João Francisco Meira, do Vox Populi, cuja última pesquisa deu oito pontos de dianteira para Dilma, enumerou cinco fatores que favorecem a vitória da candidata petista: a satisfação da sociedade com a situação econômica; a satisfação com o governo; a admiração pelo presidente da República; a identidade partidária; e o tempo de antena, ou seja, a influência do rádio e da televisão na campanha eleitoral.

E agora Datafolha?

dotijolaço

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