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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 01, 2010

MERCADANTE SÃO PAULO MUITO MELHOR






Vamos para o 2º turno em São Paulo Uma chapa muito boa encabeçada pelo Aloizio Mercadante...
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Mercadante
Uma chapa muito boa encabeçada pelo Aloizio Mercadante para governador e a Marta Suplicy para senadora, uma coligação forte que mantém coesos o PT e nada menos que outros nove partidos, uma campanha que já motiva a militância e as propostas dos nossos candidatos reforçam cada vez mais a minha convicção de que vamos para o 2º turno na eleição em São Paulo.

Uma crença, aliás, que as pesquisas, como vocês acompanham, atesta: Mercadante cresce nos levantamentos de opinião pública e o adversário tucano Geraldo Alckmin não se mantém no mesmo patamar a cada rodada. São dados que somados dão razão à confiança que temos de que vamos manter e superar, no 1º turno, os mais de 30% que tradicionalmente o PT obtém em eleição majoritária no Estado - como candidatos a governador, Mercadante teve 32% em 2006 e José Genoíno 33% em 2002.

Vejam, reunido em almoço do LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) com um grupo que representa 44% do PIB privado no Brasil, Mercadante detalhou suas propostas de desoneração fiscal em diversos setores, entre estes os de internet, tecnologia, remédios - genéricos, inclusive - como caminho para fomentar o desenvolvimento no Estado.

Assumiu o compromisso, também, de uma vez eleito investir em transportes público e de massa, reafirmou sua intenção de criar um banco estadual de fomento (nos moldes do BNDES) e de promover a interiorização do desenvolvimento. "O Oeste do Estado só recebeu presídio, pedágio e carga tributária. Vamos estimular a competitividade, reduzir a carga tributária", reiterou nosso candidato.

Mercadante também defendeu a construção de um novo aeroporto para a Grande São Paulo lembrando: "Londres tem 14 aeroportos, por que não podemos ter mais um?" Comparada à inexistência de programa de governo do adversário Alckmin - que só sugere mais do mesmo - estas propostas do Mercadante são o roteiro ideal para dar um impulso e tirar São Paulo desse marasmo administrativo e econômico em que os tucanos mantêm o Estado nestes 16 anos em que o governam. São o passaporte, também, que nos levará ao 2º turno.

*Briguilino

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