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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Internet: PT pode unir redes sociais e movimentos populares



Nas últimas eleições, as redes sociais e a participação da militância petista foi decisiva para afirmar apoio e enfrentar aos ataques à candidatura de Dilma Rousseff. É o que afirma Renato Simões, secretário de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT, ao programa TVPT Entrevista. “Não acredito mais em militância política que não lance mão desses instrumentos de comunicação e que isso, seja um avanço importante para a democratização dos meios de comunicação de massa do Brasil”.

Na avaliação do secretário, o Partido dos Trabalhadores pode ser protagonista junto com a militância virtual na integração entre internet e política. “É um momento oportuno pra nós discutirmos de que forma o PT abre e dá sustentação a um espaço de participação dessa militância virtual”.

Renato Simões diz que é necessário capacitar os petistas para usar a internet como meio de interação e debate. “Não só disponibilizar a tecnologia através de politicas públicas avançadas como vem sendo discutido nessa etapa do governo Dilma, mas também para a qualificação das pessoas que estejam, portanto aptas a utilizar dessas tecnologias e de criar em cima dela novas formas de comunicação”. (Julita Kissa – Portal do PT)

TVPT –Assista a entrevista completa com Renato Simões sobre internet e movimentos populares.

Fonte: Partido dos Trabalhadores
Extraído do http://www.mobilizacaobr.com.br/
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