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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

“Não” ao troglodismo tucano contra estudantes de USP

Via Revista Consciência.net
TODO REPÚDIO À CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL!!!
Celso Lungaretti

Novamente São Paulo é o palco escolhido para uma FLAGRANTE PROVOCAÇÃO contra o movimento estudantil, que parece ter tudo a ver com a sequência de descalabros e arbitrariedades cometidos pelos sucessivos governo tucanos no Estado.
Estou inteiramente solidário aos bravos estudantes da Universidade de São Paulo, que têm reagido até com timidez e comedimento à escalada autoritária em curso –a qual, em tudo e por tudo, faz lembrar os infames tempos da ditadura militar.
As coisas não teriam chegado a este ponto se a OCUPAÇÃO MILITAR DA USP houvesse sido firmemente repudiada por todas as forças de esquerda. A reação tíbia à INVASÃO BÁRBARA da Cidade Universitária estimulou os nostálgicos do arbítrio a radicalizarem ainda mais seus desmandos, que atingiram o auge no Pinheirinho; e, como subproduto temos agora uma INÍQUA E INACEITÁVEL TENTATIVA DE INTIMIDAÇÃO EXTREMA AOS USPIANOS.
Recomendo  o máximo de sangue-frio neste momento, para não fornecermos munição e pretextos aos PESCADORES EM ÁGUAS TURVAS.
E que todas as forças democráticas de São Paulo e do Brasil unam-se em defesa dos NOSSOS JOVENS IDEALISTAS, QUE NÃO SÃO NEM JAMAIS SERÃO QUADRILHEIROS!!!
Vamos acreditar que o juiz de quem depende abortar esta aberração honrará a toga. Vamos evitar quaisquer radicalismos que possam prejudicar aqueles companheiros a quem tentam injustiçar.
Nada está consumado. A batalha mal começa. Se a travarmos com inteligência e determinação, venceremos. Se perdermos a cabeça, os companheiros que estão na berlinda pagarão por nossos erros. Só idiotas fazem o jogo do inimigo.
 

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