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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 02, 2013

Fome - Arma de dominação é destruição em massa.

O mundo já possui recursos é conhecimentos científicos/técnicos suficientes para garantir produtividade alimentícia suficiente para erradicar a fome por completo. Mas isso não é feito, havendo conforme dados da FAO (Food and Agriculture Organization), agência especializada da ONU para questões relacionadas a agricultura, aproximadamente cerca de 870 milhões de pessoas em situação de vitimização causado pela escassez de alimentos.  A fome traz consequências terríveis, causando impactos que prejudicam o desenvolvimento socioeconômico dos países afetados. Milhares de pessoas estão morrendo por subnutrição e inanição, essas crises humanitárias colocam a vida de milhões em ameaça direta de extermínio, se processam em um genocídio paulatino.
A massa absoluta de famélicos esta situada nos países de terceiro mundo. África, América, Ásia, regiões que no passado tiveram suas extensões territoriais ocupadas é as riquezas naturais exploradas  em benefício do enriquecimento das metrópoles que atualmente se constituem os países com maior concentração econômica.

Apesar da retórica em clamor de uma perspectiva pelo fim da fome, a real intenção em sua erradicação não e assunto prioritário na agenda da “comunidade internacional”.  Em contrapartida os gastos relacionados à área militar têm aumentos em ascensão crescente, mesmo em períodos de “crise” econômica, os recursos para manutenção das forças armadas não cessam. Os Estados Unidos é o país que tem o maior orçamento militar do planeta, responsável por azeitar uma mortífera maquina de guerra, usada para impor a hegemonia de seus interesses seja através de atos de hostil provocação ou pela intervenção ocupacional sobre território de outras nações.

Essa dicotomia de fome é armas somente é possível dentro da lógica do capitalismo.  





*Kassan 28/02/2013

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