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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 04, 2013

Jornais estrangeiros não entendem malhos da mídia nativa em Dilma


Reportagem do jornal Los Angeles Times menciona boa aprovação da presidente por parte da população, mas não pela imprensa; "Nenhum grande veículo a apoia, sendo que alguns jornais e revistas são particularmente duros em suas críticas", diz o texto; enquanto isso, a presidente aprendeu a lidar com os ataques, segundo a matéria, reafirmando periodicamente sua crença na liberdade de expressão.
Reportagem do jornal Los Angeles Times menciona boa aprovação da presidente por parte da população, mas não pela imprensa; “Nenhum grande veículo a apoia, sendo que alguns jornais e revistas são particularmente duros em suas críticas”, diz o texto; enquanto isso, a presidente aprendeu a lidar com os ataques, segundo a matéria, reafirmando periodicamente sua crença na liberdade de expressão.
Reportagem do jornal americano Los Angeles Times publicada neste domingo 3 destaca que, mesmo com uma popularidade de 78%, a presidente Dilma Rousseff não tem o apoio da imprensa no Brasil. 
Intitulada “Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é popular, mas não na mídia”, a matéria afirma: 
“Nenhum grande veículo a apoia, sendo que alguns jornais e revistas são particularmente duros em suas críticas”. 
O texto começa fazendo um resgate histórico, citando que houve comemoração por parte da maioria da mídia, controlada por poucas famílias, quando o presidente esquerdista João Goulart foi deposto pelo governo militar, em 1964. 
Nos anos de ditadura que se seguiram, porém, o regime militar censurou a imprensa. 
Agora, que o País é governado desde 2003 pelo PT, que deixou a mídia em paz, os veículos, das mesmas famílias, são críticos a ele. 
Isso ocorre, lembra a reportagem, mesmo diante de um governo cuja aprovação da população chega a 78%. 
“É uma situação única”, diz Laurindo Leal Filho, especialista em mídia na Universidade de São Paulo. 
Segundo ele, a imprensa “ainda reflete os valores da velha elite”, ao contrário de uma parcela da população, que aprendeu a conviver, segundo ele, com a outra parcela menos favorecida, que antes era excluída, mas agora ascendeu socialmente. 
Enquanto isso, continua a reportagem, a presidente, que foi torturada na ditadura por suas atividades de esquerda, assumiu no tranco a crítica dos meios de comunicação, reafirmando periodicamente sua crença na liberdade de expressão. 
Segundo o ex-presidente Lula, que falou por telefone com o jornal, “todos que viajam ao Brasil vêem que o País mudou. 
A Globo distorce a verdade, mas isso não é tão ruim. Quem se importa? Eles podem dizer o que bem entenderem”. 
do Blog do Esmael
*cutucandodeleve

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