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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 05, 2013

"UM AMIGO DO BRASIL" DIZ DILMA.

"UM AMIGO DO BRASIL" DIZ DILMA.

"Hoje lamentavelmente, infelizmente e com tristeza, eu digo para você que morreu um grande latino-americano, o presidente da Venezuela Hugo Chávez.

Essa morte deve encher de tristeza todos os latino-americanos e centro-americanos. O presidente Chávez foi, sem dúvida, uma liderança comprometida com o seu país e com o desenvolvimento dos povos da América Latina.

Em muitas ocasiões, o governo brasileiro não concordou integralmente com Chávez, porém hoje, como sempre, nós reconhecemos nele uma grande liderança uma perda irreparável de, sobretudo, um amigo do Brasil, um amigo do povo brasileiro.

O presidente Hugo Chávez deixará no coração, na história e nas lutas da América latina um vazio. Lamento como presidente da Republica e como uma pessoa que tinha por ele um grande carinho.

Além de liderança expressiva, o presidente Chávez foi um homem generoso. Generoso com todos aqueles que neste continente precisaram dele. Por isso queria propor aqui um minuto de silencio para homenagear esse grande latino-americano", diz Dilma.

"Hoje lamentavelmente, infelizmente e com tristeza, eu digo para você que morreu um grande latino-americano, o presidente da Venezuela Hugo Chávez.

Essa morte deve encher de tristeza todos os latino-americanos e centro-americanos. O presidente Chávez foi, sem dúvida, uma liderança comprometida com o seu país e com o desenvolvimento dos povos da América Latina.

Em muitas ocasiões, o governo brasileiro não concordou integralmente com Chávez, porém hoje, como sempre, nós reconhecemos nele uma grande liderança uma perda irreparável de, sobretudo, um amigo do Brasil, um amigo do povo brasileiro.

O presidente Hugo Chávez deixará no coração, na história e nas lutas da América latina um vazio. Lamento como presidente da Republica e como uma pessoa que tinha por ele um grande carinho.

Além de liderança expressiva, o presidente Chávez foi um homem generoso. Generoso com todos aqueles que neste continente precisaram dele. Por isso queria propor aqui um minuto de silencio para homenagear esse grande latino-americano", diz Dilma.

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