Uma em cada três oficiais dos EUA já foi estuprada em guerra
Metade das oficiais dos EUA sofreu assédio sexual enquanto servia em guerras. Estudo sobre militares no Iraque e Afeganistão sugere maior ocorrência de abusos em zonas de combate
Cerca de metade das oficiais norte-americanas enviadas para a guerra do Iraque ou do Afeganistão relataram terem sido assediadas sexualmente durante as operações. Uma em cada três afirma que foi vítima de violência sexual.
Esses dados alarmantes foram resultado de uma pesquisa do Departamento de Veteranos dos Estados Unidos, citada por jornais do país, aonde mais de mil militares que serviram nas zonas de guerra nos últimos anos foram entrevistadas.
Em condição de anonimato, essas oficiais revelaram que a grande maioria dos agressores também faz parte da corporação militar. Em pouco mais da metade dos casos, esses oficiais eram de patente mais alta e por vezes, da alta hierarquia das Forças Armadas dos EUA.
Os resultados finais indicam que 48,6% das entrevistadas sofreram assédio sexual e 22,8%, violência sexual enquanto serviam em operações no Iraque e Afeganistão. No entanto, das 20 mil oficiais nos países, apenas 115 reportaram casos de abusos para os órgãos competentes no último ano.
Além de indicar o silêncio das militares violentadas, o estudo inédito aponta para a maior ocorrência de abuso sexual contra oficiais norte-americanas em zonas de guerra do que em bases militares no país.
Abusos: “traumas de guerra”
A conclusão dá nova vida para os resultados de uma pesquisa desenvolvida com mulheres que serviram em combate entre 2001 e 2004. Segundo os dados, a probabilidade de oficiais em zonas de guerra serem violentadas é 2,5 vezes maior do que a de outras militares.
*Pragmatismopolitico
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