Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 11, 2011

Quem elege Ricardo Teixeira para a holding CBF?

GilsonSampaio
As denúncias apontam que a famiglia Havelange/Teixeira tornou a CBF numa holding de corrupção, segundo um Globo Repórter exclusivo sobre o todo poderoso da segunda dinastia. Fica subentendido na entrevista à tucana revista Piauí que esta será a definitiva tacada de Ricardo Teixeira – a Copa do Mundo e seus negócios multi-milhardários.
As denúncias datam de mais de 10 anos e até um CPI da NIke foi criada para apurar a bandalheira. Da CPI, dizem que restou somente o ódio de Teixeira por São Paulo, tudo o mais foi … foi … foi …, bem, os parlamentares deram um jeitinho.
Me intriga na nossa brava imprensa o não questionamento dos cartolas do futebol, responsáveis pelas seguidas re-eleições do capo da CBF.
Será que Eurico Miranda, Kléber Leite, Andres Sanches, Zezé Perrela e Dualib, entre outros menos votados, teriam algo de interessante a dizer?
A música do vídeo é a A Taça do Mundo é Nossa de Maugeri, Müller, Sobrinho e Dagô e acabou se consagrando como o hino da primeira conquista do Brasil em 1958. O texto no final foi extraído da Revista Piauí.
*GilsonSampaio

Nenhum comentário:

Postar um comentário