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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 01, 2015

Reforma Política acabará com os altos salários de políticos e aumentará dos professores

A Presidente Dilma Rousseff sancionou nesta semana, a lei que reduzirá salários de políticos e aumentará dos professores. Isso é histórico. O projeto que deu origem à lei, da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), tramitou no congresso por 30 anos.
Reforma Política acabará com os altos salários de polítcos e aumentará dos professores

Depois das manifestações, esta foi uma das primeiras medidas de emergência tomada pela presidente, afim de combater a corrupção a longo prazo. A nova lei, além de reduzir drasticamente os salários de políticos dos 3 poderes, também impedirá a eleição de qualquer candidato que tenha vínculos com empresas privadas no Brasil e no exterior.

Reconheço que este não é um fator decisivo que acabará com a corrupção no Brasil. Porém, é uma medida que a sociedade sempre se perguntava. Não é justo um cargo político ter um salário tão alto, enquanto nossos professores, os verdadeiros agentes da transformação, ganham tão pouco. [Dilma Rousseff]

A lei só será válida e aplicada para professores que entrarem para o novo programa do governo chamadoProfessor Vale Mais. Os professores entrarão neste programa de qualificação constante e consequentemente serão beneficiados pela nova lei.

Mais detalhes,  acesse a Lei 14.104/15 no site do senado.
EDIGLEY ALEXANDRE
Graduado em Matemática pelo DME na UERN em 2007, leciona Geometria, Matemática e Física. Seu interesse é compartilhar conhecimento matemático interligado à Tecnologia da Informação e Comunicação. Já publiquei 774 posts no blog.
      

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