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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 14, 2012

Por que a velha mídia, principalmente a Globo, odeia o José Dirceu?


Pelos seguintes motivos: 
1 - Foi Dirceu, quando Ministro da Casa Civil, (chefe do Gushiken), que deu a ideia de se regular as mídias. Criar uma Ley De Medios, e a Globo não perdoa.
2 - Foi Dirceu que acabou com a farra da Globo. Antes de Lula, toda a verba de publicidade do governo era dividida somente entre 499 veículos.
3 - E para cada R$ 1,00 de verba publicitária do governo, a Globo ficava com R$ 0,80 (80%). 
4 - Dirceu redistribuiu a verba publicitária do governo entre quase 9.000 veículos. Antes eram só 499. Agora, Globo só recebe 16% do total.
5 - Foi ideia do José Dirceu criar o Ministério das Cidades que acabou com o poder dos coronéis locais. Oposição e velha mídia não perdoam. 
6 - Foi Dirceu quem acabou com a farra dos livros didáticos que eram publicados pela Editora Abril e Fundação Roberto Marinho. 
7 - Foi Dirceu que articulou e viabilizou a governabilidade do governo Lula. 
8 - Foi Dirceu que BARROU Demóstenes de ser o Secretário Nacional de Justiça. Demóstenes e Cachoeira se juntaram para ferrar Dirceu. 
9 - Por que Dirceu sofre preseguição do Ministério Público? Em 2004, foi ideia de Dirceu de se criar um controle externo sobre o MP. 
10 - Por que Peluso não gosta de Dirceu? Márcio Thomaz Bastos indicou a Lula o nome de Peluso para o STF. Dirceu barrou. Márcio Thomaz Bastos forçou a barra.
11- Dirceu, quando Ministro Chefe Casa Civil, fechou as portas do BNDES à mídia: "dinheiro só para fomentar desenvolvimento, jamais pagar dívidas".
12 - Dirceu fez o BNDES parar de financiar as privatizações e deixar de ser hospital para empresas privadas falidas.
@Stanley Burburinho
*comtextolivre

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